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Pandemia origina corrida às armas nos EUA

A pandemia da covid-19 provocou uma verdadeira "corrida às armas" nos Estados Unidos, com as vendas a atingirem máximos de pelo menos 22 anos.

Pedro Catarino
03 de Abril de 2020 às 11:15
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A pandemia do novo coronavírus levou os norte-americanos a acorrerem em massa às lojas de armas, revelam os dados divulgados esta sexta-feira.

Em março, o FBI realizou quase 2,4 milhões de verificações de antecedentes de compradores de armas, o valor mais elevado desde 1998, quando o sistema de verificação foi revisto. Em março do ano passado, o FBI tinha realizado apenas 1,3 milhões de verificações, de acordo com os dados revelados pela National Shooting Sports Foundation.

Um pouco por todo o país, as lojas de armas apresentavam longas filas. Vários dos clientes justificaram a opção de comprar uma arma com os receios de um aumento da violência devido à escassez de comida.

Este não é um fenómeno novo nos EUA, tendo anteriores corridas às armas sido registadas durante períodos de crise ou quando antecipam reforço na regulação no controlo de armas.

Os anteriores picos nas vendas de armas ocorreram quando Barack Obama foi eleito presidente, em 2008, ou após o massacre na escola primária de Sandy Hook, em dezembro de 2012, que levou a fortes apelos para um maior controlo na venda de armas.

Em dezembro de 2012, após Obama ter defendido um controlo mais apertado na venda de armas, o FBI realizou 2,2 milhões de verificações de antecedentes.

Nos últimos dias, aliás, foi debatido nos EUA se as lojas de armas deveriam ser consideradas como serviços essenciais. Após vários estados, como a Pensilvânia, e cidades terem decidido encerrar estas lojas, o governo federal acabou por determinar que as lojas de armas são essenciais e ordenar que permaneçam abertas.

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