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País avança "mas com cautela". Ninguém diz que omicron não é perigosa, avisa Costa

O primeiro-ministro apresentou esta quinta-feira as decisões do Conselho de Ministros sobre as medidas de contenção da pandemia de covid-19. A omicron é menos severa, mas ninguém diz que "não é perigosa", avisou Costa.

Tiago Petinga/Lusa
06 de Janeiro de 2022 às 13:11
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O primeiro-ministro anunciou esta quinta-feira que o país pode avançar no sentido do desconfinamento progressivo, "mas com cautela". Na apresentação das novas medidas que visam travar a pandemia de covid-19, o primeiro-ministro frisou que os peritos concluíram que a variante omicron "demonstra menos severidade" e que as vacinas são eficazes, mas avisou que "ninguém deve entender" que não é perigosa.

"Apesar de ser altamente transmissivel, a variante omicron demonstra menor severidade e a cobertura vacinal que temos tem sido efetiva", disse António Costa, respaldando-se na análise dos peritos do Infarmed. Mas logo de seguida, sublinhou: "Ninguém deve entender que [esta variante] é irrelevante e que não é perigosa." O primeiro-ministro lembrou que há um dado que não pode ser esquecido: "Ninguém pode antecipar quais são as consequências de longo prazo da contração desta doença."

É com base nesta análise que o Governo decidiu avançar no sentido do desconfinamento progressivo, "mas com cautela".

O primeiro-ministro elogiou o "notável civismo" verificado no cumprimento das restrições acrescidas no período das festas de Natal e Ano Novo, mas admitiu que o número de infeções ainda vai continuar a subir nos próximos dias e ainda na próxima semana.


Ainda assim, "quer pela menor severidade, quer pela grande cobertura vacinal e da dose de reforço da população, esta variante está a ter um menor impacto no risco para a saúde e o Serviço Nacional de Saúde", considerou o primeiro-ministro.


Costa atualizou os números da vacinação: deu conta da administração de 84 mil doses de vacina por dia, garantindo que é possível aumentar até aos 94 mil. Neste momento, 89% da população tem o esquema vacinal primário completo, tendo já sido administradas além disso "mais de três milhões" de doses de reforço. Nos grupos etários acima dos 65 anos, o primeiro-ministro indica que a cobertura da dose de reforço é de 83%.


402 mil testes num dia e dois mil passageiros multados


O primeiro-ministro frisou ainda a grande adesão à testagem notando que a 30 de dezembro foram realizados 402 mil testes. Em janeiro deste ano estão a ser feitos cinco vezes mais testes do que no ano passado e em dezembro foram realizados cinco milhões de testes.

Em contrapartida, assinalou que na sequência do controlo de fronteiras foram passadas multas a dois mil passageiros e a 38 companhias aéreas, "por não cumprirem as normas de testagem obrigatória em território nacional".

Veja aqui a atualização decidida para as várias medidas em vigor:

- Teletrabalho vai continuar a ser obrigatório até dia 14
- Alunos voltam à escola a 10 de janeiro com aposta na vacinação e testagem
- Contactos de risco no local de trabalho não determinam isolamento
- Bares e discotecas reabrem a 14 de janeiro com exigência de teste negativo

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