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OMS apreensiva com evolução da covid-19 na Europa. Infeções disparam em França e Bélgica

A OMS está apreensiva com a evolução da situação pandémica na Europa, salientando que o continente está num “ponto crítico para a eclosão da pandemia”. Em alguns países, como é o caso de França ou da Bélgica, a média diária de casos de infeção está a subir.

Lusa/EPA
05 de Novembro de 2021 às 11:30
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) está preocupada com a evolução da situação pandémica na Europa, alertando que o continente poderá vir a ter "mais meio milhão de mortes" no início do próximo ano. 


Em declarações feitas em Copenhaga, Hans Kluge, da OMS, salientou que a Europa está num "ponto crítico para a eclosão da pandemia", com o velho continente "mais uma vez no epicentro da pandemia", citado pela agência Lusa.


A Europa já havia sido considerada um epicentro da pandemia no ano passado, quando o número de casos e de mortes associadas à covid-19 foram significativamente elevados, especialmente em países como Itália, Espanha ou o Reino Unido. 


Mas, de acordo com este responsável da OMS, há uma diferença face à situação vivida há um ano - a existência de vacinas contra o coronavírus. A OMS está a acompanhar de perto a evolução e salienta que o aumento de casos em vários países da Europa estará ligado a uma cobertura vacinal insuficiente e também ao relaxamento das medidas para controlar a pandemia.


O número de casos de infeção detetados estão a subir em vários Estados europeus. Em França, por exemplo, os novos casos têm estado a subir nestes primeiros dias de novembro: na quarta feira, foram reportados 10.050 novos casos e 9.502 esta quinta-feira. Face as estes números, a média de sete dias passou dos 5.791 casos para 6.226. Desta forma, a média de infeções ao longo de sete dias registou um máximo de seis semanas. 


Também na Bélgica o número de infeções está a crescer, assim como as hospitalizações. De acordo com a agência Reuters, o número de pessoas internadas nos hospitais belgas é agora semelhante aos níveis de outubro de 2020, quando o país entrou em confinamento. 


Os dados do instituto de saúde belga Sciensano revelaram um salto nos novos casos esta semana, com 32.708 casos detetados na quarta-feira e 10.190 na quinta. Em média, nos últimos 14 dias, há 6.728 casos, uma subida de 26% face à semana anterior. Em média, 164 pacientes com covid-19 deram entrada nos hospitais belgas nos últimos sete dias - mais 31% face aos dados anteriores. 


Perante este cenário, o norte-americano Center for Disease Control (CDC), adicionou a Bélgica à lista de países de elevado risco, desencorajando as viagens para os norte-americanos que não estejam totalmente vacinados. Além da Bélgica, também a Áustria, Croácia e a Grécia estão nos países de elevado risco deste centro norte-americano. 


Viena proíbe entrada de não vacinados nos cafés

Numa altura em que os novos casos continuam a subir na Áustria - esta quinta-feira foram contabilizados 8.594, já próximo do recorde de mais de 9 mil casos de novembro passado - Viena adota novas medidas. 


Quem não estiver vacinado contra a covid-19 não poderá entrar em cafés, restaurantes ou eventos que tenham mais de 25 pessoas.Entre as nove províncias austríacas, Viena regista a menor taxa de infeção, muito devido às medidas mais duras que tem adotado, indica a Reuters. 


A Áustria tem neste momento 64% da população totalmente vacinada, um valor que está em linha com a média europeia. 

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