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Noruega e Finlândia oferecem ajuda à Suécia para enfrentar segunda vaga  

Ao contrário da Suécia, onde a segunda vaga está colocar enorme pressão nos hospitais, a Noruega e a Finlândia são dos países europeus com taxas de infeção mais reduzidas.

13 de Dezembro de 2020 às 17:10
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A Suécia, que adotou uma estratégia mais distendida contra a pandemia da covid-19 que os restantes países nórdicos, já recebeu a oferta de ajuda por parte dos seus vizinhos onde a segunda vaga está a ser bem menos grave.

 

A Noruega e Finlândia ofereceram ajuda ao país vizinho e as autoridades de saúde dizem estar prontas para oferecer ajuda médica, apesar de a Suécia ainda não a ter solicitado oficialmente.

 

A região da capital Estocolmo, onde os cuidados intensivos já estão a 99% da sua capacidade, já solicitou a intervenção dos militares e de outras regiões do país menos atingidas pela segunda vaga.

 

"Não recebemos ainda um pedido oficial de ajuda, mas estamos a monitorizar a situação numa base diária e, obviamente, estamos prontos para ajudar a Suécia no que for preciso", disse Kirsi Varhila, secretária do ministério da Saúde da Finlândia, citada pelo Financial Times.

Maria Jahrmann Bjerke, sua homóloga da Noruega, lembra que os países nórdicos têm um acordo de cooperação na área da saúde, pelo que se "as autoridades suecas nos pediram assistência, teremos uma atitude positiva em o fazer".

 

Ao contrário da Suécia, onde a segunda vaga está colocar enorme pressão nos hospitais, a Noruega e a Finlândia são dos países europeus com taxas de infeção mais reduzidas.

 

No último mês a Suécia registou 1.400 óbitos devido à covid-19, o que compara com cerca de 100 na Noruega e 80 na Finlândia, países que têm cerca de metade da população do seu vizinho.

 

A pressão sobre as unidades de cuidados intensivos (UCI) os hospitais está a aumentar numa altura em que sobem de forma acelerada as demissões de pessoal de cuidados de saúde. Só na região de Estocolmo saíram cerc de 3.600 profissionais desde o início da pandemia, muito acima dos 900 do mesmo período do ano passado.

 

Sineva Ribeiro, presidente da associação dos profissionais de saúde da Suécia, descreveu a situação à Bloomberg como "terrível". Mesmo antes da primeira vaga, em março, já existia uma escassez de especialistas de enfermagem e cuidados intensivos, alertou Sineva Ribeiro.

 

Esta semana as autoridades suecas já tinham classificado a situação no país de "muito grave", mas sublinharam que as UCI têm capacidade para acolher doentes e são ampliáveis.

 

Das 21 regiões suecas, oito reforçaram o pessoal médico e apesar de nenhuma estar em emergência extrema, aguarda-se um agravamento da situação, segundo dados da direção-geral de Assuntos sociais.

 

A Suécia tem sido o país da Escandinávia mais afetado, apesar de permanecer longe de países como Espanha, Itália, França ou Reino Unido. A sua taxa de mortalidade de 71,65 por 100.000 habitantes é cinco vezes superior à da Dinamarca e dez em comparação com Noruega e Finlândia.

 

De acordo com a tradição de autonomia das agências estatais, o Governo adotou a estratégia delineada pela FMH, com muitas recomendações apelando à responsabilidade individual juntamente com poucas proibições, mas mantendo abertos escolas, restaurantes, bares e locais noturnos.

 

O surgimento da segunda vaga provocou uma alteração na estratégia sueca, com um papel mais ativo do Governo, que proibiu reuniões públicas de mais de oito pessoas, a venda de álcool a partir das 22 horas e fixou para as 22:30 o encerramento de bares, restaurantes e clubes noturnos.

 

 

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