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NAV prevê quebra de 85% a 95% no tráfego aéreo em abril

A empresa de navegação aérea geriu menos 24 mil voos em Portugal em março devido ao impacto do novo coronavírus. Para abril espera uma queda mais acentuada.

Miguel Baltazar
06 de Abril de 2020 às 11:20
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A NAV Portugal geriu menos 24,3 mil voos ao longo do mês de março, uma quebra de 36% face ao mesmo mês de 2019, adiantou a empresa de navegação aérea esta segunda-feira em comunicado. No total, segundo dados preliminares, registaram-se 43,8 mil movimentos contra os anteriores 68 mil.


Depois de, em janeiro e fevereiro, o tráfego aéreo ter estado em linha com 2019, em torno dos 119 mil movimentos, em março registou-se uma quebra significativa a partir de meados do mês, esperando a NAV quedas mais pronunciadas em abril.


"Os números evidenciam o impacto da pandemia de covid-19 e das diversas medidas assumidas por vários Estados para conter o ritmo de contágio, medidas que determinaram quedas abruptas no sector da aviação civil a nível global", afirma ainda.

O total de voos geridos pela NAV, ou "movimentos", inclui não apenas os voos com origem/destino em aeroportos portugueses, mas também aqueles que sobrevoam o espaço aéreo sob responsabilidade portuguesa, explica na mesma nota.

A empresa salienta que foi a partir do dia 16 de março que se iniciou um ciclo de quebras cada vez mais acentuadas. "Dividindo o mês de março em dois, nota-se que na primeira metade a NAV Portugal geriu perto de 31,8 mil voos, uma redução de apenas 2% face ao mesmo período de 2019. Já na segunda metade do mês, a NAV controlou perto de 12 mil voos", refere, acrescentando que só na última semana do mês a quebra do tráfego superou os 85%.


"Os valores registados na última semana de março, ao que tudo indica, deverão manter-se ao longo do corrente mês, sendo por isso expectáveis quebras a rondar os 85% e 95%", prevê.


Citado no comunicado, o presidente da NAV Portugal, Manuel Teixeira Rolo, considera que "a queda acentuada do tráfego é bastante preocupante, por tudo o que tal representa em termos de impactos na economia, no emprego e na vida das pessoas".


Por aeroportos, os dados da empresa de navegação aérea revelam que, em Lisboa, a primeira semana de março terminou com mais 0,72% de tráfego, enquanto na última semana afundou 86,7%. No Porto, o tráfego na primeira semana do mês passado recuou 2%, caindo na última semana 87%.

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