O número de vítimas mortais em Portugal devido ao novo coronavírus aumentou para 435, o que traduz uma subida de 26 face a ontem, quando estavam contabilizados 409 óbitos, anunciou a DGS esta sexta-feira, 10 de abril.
O número de infetados (casos confirmados), aumentou 10,86% para 15.472. Ontem, o número de infetados tinha subido 6,2% para 13.956, pelo que em termos absolutos a subida de casos foi de 1.516.
O crescimento diário do número de mortos baixou em termos absolutos (26 contra 29 ontem), sendo que a taxa de crescimento também diminuiu (6% contra 8% ontem).
Verifica-se por outro lado uma forte subida
na taxa de crescimento do número de infetados (10,86% contra 6,2%). Em termos absolutos também se registou uma forte aceleração (1.516 contra 815 ontem).
Este foi de longe o dia com o maior aumento diário de casos confirmados (só a 31 de março tinha sido ultrapassada a fasquia dos mil novos casos por dia: 1.035). A taxa de crescimento de 10,86% é a mais elevada desde 1 de abril e põe fim a um ciclo de oito dias seguidos com taxas de crescimento abaixo de 10%.
Taxa de letalidade baixa
Tendo em conta o número de infetados e de vítimas mortais, a taxa de letalidade é de 2,81%, que compara com 2,93% ontem. Foi a primeira descida da taxa de letalidade desde 31 de março, já que a taxa de crescimento dos infetados foi bem superior à dos óbitos.
Segundo o boletim diário da DGS, há 240 mortos no Norte (mais de metade do total), 78 na região de Lisboa e Vale do Tejo, 107 no centro e oito no Algarve. Os Açores registaram dois óbitos, enquanto Madeira e Alentejo continuam sem vítimas mortais a lamentar.
Entre as vítimas mortais, 284 têm mais de 80 anos; 92 entre 70 e 79; 43 entre 60 e 69, 12 entre 50 e 59 e quatro com idade entre 40 e 49 anos. 203 são mulheres e 232 homens.
Mais de 86% dos óbitos são de pessoas com mais de 70 anos.
O número acumulado de casos suspeitos aumentou para 123.564 (ontem estava em 115.158) e 4.509 pessoas aguardam resultados de testes laboratoriais (3.081 ontem). Existem 233 casos recuperados, acima dos 205 de ontem.
O número de pessoas em vigilância pelas autoridades é agora de 25.914 (contra 24.481 ontem).
Doentes nos cuidados intensivos continuam a baixar
Os dados indicam que dos mais de 15 mil casos confirmados, 1.179 estão internados, 226 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI). Verifica-se assim uma ligeira subida no número de internados (1%, contra 1.173 ontem) e o terceiro dia seguido de descida nos internados em UCI (-6%, contra 241 ontem). De ontem para hoje foram 15 os doentes que saíram dos cuidados intensivos.
Assim, 1,46% das pessoas infetadas estão internadas em cuidados intensivos. Do total, 7,62% dos infetados estão internados, o que representa o nível mais baixo desde 26 de março.
A região Norte (8897) continua a ser a região que regista o maior número de casos confirmados, com mais de metade do total. Segue-se Lisboa e Vale do Tejo (3821), região Centro (2197) e Algarve (279). Há 94 casos nos Açores, 59 na Madeira e 125 no Alentejo.
Do total de infetados, 3.598 têm 70 ou mais anos (3.222 ontem). Com mais de 80 anos são 2.192.
Esta é a divisão dos caso confirmados por concelho:
Doença matou mais de 96 mil pessoas em todo o mundo
A pandemia do novo coronavírus já matou 96.340 pessoas em todo o mundo e infetou quase 1,6 milhões desde o seu aparecimento, segundo um balanço da agência France-Presse, às 10:00 de hoje, através de fontes oficiais.
De acordo com os dados recolhidos pela agência noticiosa francesa, mais de um milhão e meio de casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em 193 países e territórios desde o início da pandemia, em dezembro passado, na China.
Os Estados Unidos são o país mais afetado em número de casos, com 466.299 casos e 16.686 mortos, continuando a Europa a ser o continente com mais casos contabilizados (826.382) e de mortos (66.642).
A Itália é o país europeu com maior número de mortes (18.279), seguida da Espanha (15.843), da França (12.210) e do Reino Unido (7.978).
Na Bélgica, nas últimas 24 horas, registaram-se 496 mortes, elevando o total para 3.019, enquanto em Espanha ocorreram mais 605 mortes, o número mais baixo desde 24 de março.
A América Latina e as Caraíbas passaram os 50.000 casos declarados, com mais de 2.000 mortos, sendo o Brasil o país mais afetado, com 17.847 casos e 941 mortos.
A AFP alerta, contudo, que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do número real de infeções, já que um grande número de países está agora a testar apenas os casos que requerem atendimento hospitalar.