Notícia
Morcegos ou um laboratório. Qual é a origem do novo coronavírus?
Um relatório norte-americano conclui que o vírus terá tido origem na natureza ou num laboratório. A China diz que terá entrado no país através de importações, porém os EUA não vão parar de investigar. Mas afinal, que argumentos estão por trás da teoria de uma fuga laboratorial?
31 de Maio de 2021 às 19:15
Inicialmente atribuído ao consumo humano e indevido de um pangolim, o novo coronavírus espalhou-se por todo o mundo, causando milhões de mortes. E não demorou muito tempo até que surgissem algumas teorias da conspiração a atribuir a criação do vírus a um laboratório chinês. Agora, essas teorias estão a ganhar força.
Posta em cima da mesa poucas semanas depois do primeiro surto, a ideia de que o vírus poderia ter escapado de um laboratório chinês foi alimentada por um relatório compilado pelos serviços de informação norte-americanos e encomendado pelo próprio presidente dos EUA, Joe Biden. A principal conclusão do relatório - que continua a ser trabalhado pelas autoridades americanas - era de que o vírus teria origem na natureza ou num laboratório. Mas que provas estão por trás?
Whuhan, a cidade que serviu de epicentro à maior pandemia de que há memória, é também a sede do Instituto de Virologia de Wuhan (WIV), que tem estudado a presença de coronavírus em morcegos há mais de uma década. Ainda que separado pelo rio Yangtze, o WIV está a menos de cinco quilómetros de distância do mercado onde foi detetado o primeiro surto.
Este é um dos factos que mais força tem dado à teoria de que o vírus terá escapado do laboratório, embora as probabilidades, segundo a BBC, apontem para que o coronavírus que tenha escapado se trate de um vírus presente na natureza, e não de um produto de engenheria genética.
A ideia foi levantada poucas semanas depois do surto, mas as autoridades e os próprios media descridibilizaram-na, em parte por ter sido anunciada sem provas, mas também em parte por ter sido adiantada pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Mas agora, relatórios compilados pelos serviços de informação dos Estados Unidos revelaram que, em novembro de 2019 (semanas antes do primeiro surto), três cientistas deste laboratório terão dado entrada no hospital local. Estes dados seriam já conhecidos por Donald Trump.
Apesar dos seus sintomas não terem sido tornados públicos pelo relatório, a teoria de que estes cientistas terão dado início à disseminação do vírus pela cidade ganhou força e isso levou até alguns cientistas americanos, antes céticos, a admitir uma nova possibilidade.
Joe Biden diz também que, assim que estiver completo e "a não ser que apresente conclusões que desconheça", o relatório compilado pelas agências americanas deve ser tornado público.
O que diz a OMS?
A Organização Mundial de Saúde (OMS) realizou a sua própria investigação à origem do vírus, mas que foi, até agora, inconclusiva, contudo dizia no início do ano que a teoria do laboratório era "altamente improvável", segundo refere a estação birtânica.
Ainda assim, parte da comunidade científica mostrou-se descontente com o trabalho realizado e pediu que se "levasse a sério" a teoria de uma fuga laboratorial, já que a OMS a descredibilizava em poucas páginas no seu relatório oficial.
Face a este repto, o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, convocou já uma nova investigação dedicada, em exclusivo, à teoria.
Já a China desmente a teoria e aponta para o estrangeiro, avançando que o vírus terá entrado no país através de mercadoria transportada em contentores de carga e acusou os Estados Unidos de "manipulação política e atribuição de culpas".
Posta em cima da mesa poucas semanas depois do primeiro surto, a ideia de que o vírus poderia ter escapado de um laboratório chinês foi alimentada por um relatório compilado pelos serviços de informação norte-americanos e encomendado pelo próprio presidente dos EUA, Joe Biden. A principal conclusão do relatório - que continua a ser trabalhado pelas autoridades americanas - era de que o vírus teria origem na natureza ou num laboratório. Mas que provas estão por trás?
Este é um dos factos que mais força tem dado à teoria de que o vírus terá escapado do laboratório, embora as probabilidades, segundo a BBC, apontem para que o coronavírus que tenha escapado se trate de um vírus presente na natureza, e não de um produto de engenheria genética.
A ideia foi levantada poucas semanas depois do surto, mas as autoridades e os próprios media descridibilizaram-na, em parte por ter sido anunciada sem provas, mas também em parte por ter sido adiantada pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump. Mas agora, relatórios compilados pelos serviços de informação dos Estados Unidos revelaram que, em novembro de 2019 (semanas antes do primeiro surto), três cientistas deste laboratório terão dado entrada no hospital local. Estes dados seriam já conhecidos por Donald Trump.
Apesar dos seus sintomas não terem sido tornados públicos pelo relatório, a teoria de que estes cientistas terão dado início à disseminação do vírus pela cidade ganhou força e isso levou até alguns cientistas americanos, antes céticos, a admitir uma nova possibilidade.
Joe Biden diz também que, assim que estiver completo e "a não ser que apresente conclusões que desconheça", o relatório compilado pelas agências americanas deve ser tornado público.
O que diz a OMS?
A Organização Mundial de Saúde (OMS) realizou a sua própria investigação à origem do vírus, mas que foi, até agora, inconclusiva, contudo dizia no início do ano que a teoria do laboratório era "altamente improvável", segundo refere a estação birtânica.
Ainda assim, parte da comunidade científica mostrou-se descontente com o trabalho realizado e pediu que se "levasse a sério" a teoria de uma fuga laboratorial, já que a OMS a descredibilizava em poucas páginas no seu relatório oficial.
Face a este repto, o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, convocou já uma nova investigação dedicada, em exclusivo, à teoria.
Já a China desmente a teoria e aponta para o estrangeiro, avançando que o vírus terá entrado no país através de mercadoria transportada em contentores de carga e acusou os Estados Unidos de "manipulação política e atribuição de culpas".