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Milhares de pessoas manifestam-se em Berlim contra as novas restrições

Com panelas nas mãos e apitos na boca, milhares de protestantes reuniram-se nas ruas de Berlim, manifestando-se contra os planos de Merkel para conter a pandemia da Covid-19.

18 de Novembro de 2020 às 12:42
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Milhares de pessoas reuniram-se em protesto esta quarta-feira (dia 18 de novembro) nas ruas de Berlim para contestar as restrições impostas pelo governo de Angela para combater a Covid-19. Em causa estão as novas restrições que têm como objetivo conter a propagação do vírus.

O Governo alemão proibiu, na terça-feira, a realização da concentração por temer atos de violência generalizada e o Ministério do Interior rejeitou pelo menos 12 pedidos para protestos junto às duas câmaras parlamentares alemãs, todavia, estas recusas não impediram a realização desta manifestação.

As duas câmaras parlamentares alemãs Bundestag (Câmara Alta) e Bundesrat (Câmara Baixa) planeiam aprovar ainda esta quarta-feira leis para restringirem o contacto social, para obrigarem ao uso de máscara, proibirem o consumo de álcool em espaços públicos, encerrarem lojas e interromperem eventos desportivos. Contudo, nem todos concordam com estas medidas.

Embora a maioria dos alemães esteja de acordo com estas novas restrições, com o intuito de conter a segunda vaga da pandemia, os manifestantes acreditam que esta nova lei concede ao governo muito poder e coloca em causa os direitos civis dos cidadãos.

O partido de extrema direita da Alemanha (AfD) comparou esta nova lei com a Lei de capacitação de 1933, que abriu caminho para a ditadura nazista de Hitler.

Os manifestantes não utilizavam máscaras nem respeitavam a regra do distanciamento social. Paz e liberdade eram duas das palavras que constavam nas suas faixas de protesto e que foram travadas à porta do prédio do parlamento, onde se encontravam os polícias alemães.

Depois do incidente ocorrido nas duas manifestações de agosto, na qual os manifestantes invadiram as escadas do parlamento do Reichstag com a bandeira da extrema-direita alemã, os polícias estão mais alerta e preocupados com novas ocorrências, segundo a Bloomberg.

Elogiada na primeira vaga da Covid-19 pela baixa taxa de infeção, a Alemanha contabiliza agora na segunda vaga da pandemia mais de 833 mil infetados e 13 mil mortos, segundo os dados do Instituto Robert Koch.

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