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Medina diz que é "provável" que freguesias da AML saiam da situação de calamidade

O autarca de Lisboa e presidente da Área Metropolitana de Lisboa considera provável que pelo menos parte das 19 freguesias sejam retiradas do estado de calamidade no início da próxima semana.

Miguel Baltasar
24 de Julho de 2020 às 13:19
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O presidente da Área Metropolitana de Lisboa (AML) disse esta sexta-feira ser "provável" a retirada de todas ou de uma parte das freguesias que se encontram em estado de calamidade no âmbito da pandemia, caso a situação continue a evoluir positivamente.

"A evolução que temos tido ao longo das últimas semanas tem sido uma evolução positiva na generalidade dos municípios da área metropolitana e nas várias freguesias. Essa avaliação vai ser feita no início da próxima semana com o Governo. Se for possível registar, ao longo destes dias que ainda faltam, uma evolução positiva, como aquela que temos vindo a registar, o mais provável é de facto a retirada de freguesias da lista da situação de calamidade", avançou Fernando Medina (PS). 

O presidente da Área Metropolitana de Lisboa, que falava aos jornalistas à margem do lançamento de uma obra no âmbito do Programa de Renda Acessível em Entrecampos, argumentou que "a situação hoje é significativamente melhor do que aquela que era há umas semanas".

"Enquanto há umas semanas enfrentávamos o risco, e eu referi várias vezes, de os números poderem melhorar ou poderem piorar, quando se passam algumas semanas com os números a melhorarem, é natural que a situação se altere", defendeu Fernando Medina, também presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

A generalidade de Portugal Continental entrou no dia 01 de julho em situação de alerta devido à pandemia de covid-19, com exceção da AML, que passou para o estado de contingência.

Na AML, que é constituída por 18 municípios, 19 freguesias de cinco concelhos - Loures, Amadora, Odivelas, Lisboa e Sintra - permaneceram em estado de calamidade, já que, segundo disse na altura o primeiro-ministro, é onde se concentra "o foco de maior preocupação de novos casos [de infeção] registados".

A cada um destes três 'níveis', que vigoram até ao final do mês, correspondem diferentes restrições ao desconfinamento.

Na próxima segunda-feira, o Governo reúne-se com os presidentes dos cinco municípios da AML com freguesias em estado de calamidade para discutir e decidir sobre o prolongamento ou não do estado de calamidade.

As 19 freguesias que estão em estado de calamidade são: Santa Clara (Lisboa), as quatro freguesias do município de Odivelas (Odivelas e as uniões de freguesias de Pontinha e Famões, Póvoa de Santo Adrião e Olival Basto, e Ramada e Caneças), as seis freguesias do concelho da Amadora (Alfragide, Águas Livres, Encosta do Sol, Mina de Água, Venteira e União de Freguesias de Falagueira e Venda Nova), seis freguesias de Sintra (uniões de freguesias de Queluz e Belas, Massamá e Monte Abraão, Cacém e São Marcos, Agualva e Mira Sintra, Algueirão-Mem Martins e a freguesia de Rio de Mouro) e duas freguesias de Loures.

Falando especificamente sobre a freguesia de Santa Clara, a única do concelho de Lisboa em estado de calamidade, o presidente da autarquia disse que têm sido registadas melhorias tanto nos focos locais, como "nos números globais".

"Porque no fundo o que se tratava era o controlo de focos que, estando na comunidade, tivemos a capacidade de os isolar, de os confinar e, no fundo, de impedir a sua propagação. E isso é um trabalho que está a ter bons resultados e que já está a ter efeitos nos números que nós estamos a registar", considerou.

Naquelas 19 freguesias foram impostas medidas especiais de confinamento, como o "dever cívico de recolhimento domiciliário", ou seja, as pessoas só devem sair de casa para ir trabalhar, ir às compras, praticar desporto ou prestar auxílio a familiares.

Os ajuntamentos estão limitados a cinco pessoas e estão proibidas as feiras e mercados de levante.

Portugal contabiliza pelo menos 1.705 mortos associados à covid-19 em 49.379 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
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