Notícia
Medidas como lay off seguram quatro milhões de empregos na zona euro, estima FMI
O Fundo Monetário Internacional calcula que a adoção de medidas de retenção do emprego por toda a zona euro, por causa da pandemia, tenha travado a subida da taxa de desemprego em 2,5 pontos percentuais, em 2020.
A adoção de medidas de retenção do emprego, como o lay off em Portugal, por causa da pandemia de covid-19 terá segurado nos seus postos de trabalho cerca de quatro milhões de pessoas em toda a zona euro. As contas são do FMI que diz que sem estas iniciativas a taxa de desemprego teria subido mais 2,5 pontos percentuais. Mas os problemas ainda poderão surgir - podem só estar um pouco atrasados.
"A análise neste estudo sugere que a resposta do desemprego à queda de atividade induzida pela pandemia foi muito mais contida do que sugeriam os ciclos económicos anteriores", lê-se no artigo "European Labor Markets and the COVID-19 Pandemic - Fallout and the Path Ahead", publicado pelo Departamento Europeu do Fundo, no final da semana passada.
Este resultado "reflete largamente a utilização generalizada de mecanismos de retenção do emprego que se estima que tenham mitigado a subida da taxa de desemprego na zona euro em 2020 em 2,5 pontos percentuais, mantendo cerca de quatro milhões de trabalhadores nos seus empregos", concluem ainda os peritos internacionais.
Estas iniciativas, explica o FMI, permitiram também uma recuperação mais rápida do mercado de trabalho do que noutras crises económicas, como a crise financeira e a crise de dívidas soberanas.
Ainda assim, alerta o Fundo, persistem dificuldades: a heterogeneidade da situação do mercado de trabalho é elevada, tanto no que toca às diferenças entre países como, dentro do mesmo país, nos diferentes setores de atividade. "Os serviços de contacto intensivo foram desproporcionalmente afetados e os trabalhadores nestes setores, que tendem a ter reduzidas qualificações, a ser mais jovens e com vínculos contratuais temporários foram mais atingidos, possivelmente intensificando tendências anteriores", frisa o documento.
Além disso, a situação é altamente incerta, o que faz com que os peritos admitam a possibilidade de a taxa de desemprego começar a subir à medida que os apoios forem sendo retirados do terreno. Por enquanto, esta situação ainda não se manifesta, mas os economistas do FMI admitem que o mercado de trabalho pode apenas estar a responder com algum atraso.
"À medida que as iniciativas de apoio forem sendo retiradas, e as empresas ajustarem as suas operações ao pós-pandemia, alguns trabalhadores podem ser dispensados, criando potencialmente algumas pressões limitadas na taxa de desemprego", refere o estudo.
Por enquanto, esse efeito negativo nas taxas de desemprego ainda não se verifica, "mas na medida em que também se reflete em transições para a inatividade que há um desfasamento provocado pelos períodos de aviso prévio, algumas pressões no desemprego podem estar apenas atrasadas", explicam.
"A análise neste estudo sugere que a resposta do desemprego à queda de atividade induzida pela pandemia foi muito mais contida do que sugeriam os ciclos económicos anteriores", lê-se no artigo "European Labor Markets and the COVID-19 Pandemic - Fallout and the Path Ahead", publicado pelo Departamento Europeu do Fundo, no final da semana passada.
Estas iniciativas, explica o FMI, permitiram também uma recuperação mais rápida do mercado de trabalho do que noutras crises económicas, como a crise financeira e a crise de dívidas soberanas.
Ainda assim, alerta o Fundo, persistem dificuldades: a heterogeneidade da situação do mercado de trabalho é elevada, tanto no que toca às diferenças entre países como, dentro do mesmo país, nos diferentes setores de atividade. "Os serviços de contacto intensivo foram desproporcionalmente afetados e os trabalhadores nestes setores, que tendem a ter reduzidas qualificações, a ser mais jovens e com vínculos contratuais temporários foram mais atingidos, possivelmente intensificando tendências anteriores", frisa o documento.
Além disso, a situação é altamente incerta, o que faz com que os peritos admitam a possibilidade de a taxa de desemprego começar a subir à medida que os apoios forem sendo retirados do terreno. Por enquanto, esta situação ainda não se manifesta, mas os economistas do FMI admitem que o mercado de trabalho pode apenas estar a responder com algum atraso.
"À medida que as iniciativas de apoio forem sendo retiradas, e as empresas ajustarem as suas operações ao pós-pandemia, alguns trabalhadores podem ser dispensados, criando potencialmente algumas pressões limitadas na taxa de desemprego", refere o estudo.
Por enquanto, esse efeito negativo nas taxas de desemprego ainda não se verifica, "mas na medida em que também se reflete em transições para a inatividade que há um desfasamento provocado pelos períodos de aviso prévio, algumas pressões no desemprego podem estar apenas atrasadas", explicam.