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Líderes políticos ainda podem ser prioritários na vacinação

O coordenador da task force admite que os líderes políticos ainda poderão ser incluídos nos grupos prioritários na vacinação contra a covid-19, noticiou o Observador e confirmou o Negócios. Francisco Ramos não quis clarificar em que momento essa hipótese passou a ser avaliada.

12 de Janeiro de 2021 às 17:14
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Os líderes políticos e dos órgãos de soberania ainda poderão ser incluídos entre os grupos prioritários para a primeira fase de vacinação contra a covid-19, segundo noticiou o Observador com base em afirmações de Francisco Ramos, que confirmou as mesmas ao Negócios.

O coordenador da task force para o plano de vacinação assegura que a inclusão dos líderes políticos nos grupos prioritários está a ser "equacionada".

Questionado pelo Negócios sobre o momento em que essa possibilidade foi colocada em cima da mesa, Francisco Ramos recusou responder e acrescentou ser precisamente esse o tipo de questão a que não pretendia responder.

A posição assumida pelo antigo secretário de Estado surge já depois de, ao início da noite desta segunda-feira, o Presidente da República ter testado positivo à covid-19. Entretanto, Marcelo Rebelo de Sousa já efetuou dois testes com resultado negativo, mantendo-se porém ainda em isolamento profilático.

Na última edição do semanário Expresso, Francisco Ramos foi questionado sobre o porquê de a população idosa (excluindo aqueles que residem em lares ou que não se encontrem gravemente doentes) surgir atrás na vacinação de militares e elementos das forças de segurança. "Pode escrever que o coordenador do Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19 não responde a essa questão", disse o ex-governante. De acordo com o plano de vacinação existente, os idosos poderão começar a ser vacinados apenas no final da primavera.

Apesar de este ser um tema ainda em equação, certo é que o plano de vacinação desvendado a 27 de dezembro último não incluiu líderes políticos. São três os primeiros grupos prioritários definidos: Pessoas com 50 ou mais anos de idade com uma ou mais das seguintes patologias (insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal e doença respiratória crónica com suporte ventilatório); residentes em lares e internados em cuidados continuados, assim como funcionários deste tipo de instituições; os profissionais de saúde que atuam na primeira linha de combate à pandemia.

Numa entrevista recente à agência Lusa, o primeiro-ministro, António Costa, mostrou-se em desacordo com a possibilidade de os líderes políticos serem integrados nos grupos prioritários como, por exemplo, sucedeu noutros países tais como a Grécia ou os Estados Unidos.

Ao longo das últimas semanas, têm surgido vários comentários e artigos de opinião em que é criticado o facto de os representantes dos mais altos cargos políticos da nação não terem sido incluídos nos grupos prioritários para a vacinação, considerando-se que tal poderá consistir numa cedência a discursos populistas e anti-sistema.

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