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Costa admite inclusão de idosos na lista prioritária para vacinação

Depois de a Comissão Europeia ter recomendado aos Estados-membros que, até março, esteja concluída a vacinação de 80% dos idosos com mais de 80 anos, o primeiro-ministro admitiu que a task force nacional responsável pelo plano de vacinação avalie se é ou não necessária uma "revisão" dos critérios definidos.

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20 de Janeiro de 2021 às 14:13
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A task force responsável pelo plano de vacinação português contra a covid-19 deverá avaliar se é necessário rever os critérios inicialmente definidos para atribuir maior prioridade à população idosa com mais de 80 anos de idade, segundo afirmou António Costa, em Bruxelas.

Numa conferência de imprensa que se seguiu ao debate realizado esta manhã com o Parlamento Europeu acerca das prioridades da presidência portuguesa que Portugal desempenha durante o primeiro semestre deste ano, António Costa foi questionado sobre a recomendação feita pela Comissão Europeia aos Estados-membros da União Europeia para que, até março, tenham sido vacinados 80% dos idosos com 80 ou mais anos de idade.

Costa começou por notar que o "programa definido" pela task force liderada por Francisco Ramos "combina, por um lado, grupos de risco associados a morbilidade, outras doenças que são de risco acrescido numa situação de covid, e o critério da idade porque, como sabemos, a população de maior risco do ponto de vista etário é a mais idosa".

Recorde-se que, em Portugal, o plano de vacinação definiu como primeiro grupo prioritário os profissionais de saúde e como segundo as pessoas que estejam internadas ou trabalhem em lares. Excetuando os idosos que constem naquelas prioridades definidas, atualmente o plano de vacinação prevê que a generalidade dos idosos comece a ser vacinada no final da primavera.

No entanto, e depois da sugestão de Bruxelas, o líder do Governo diz estar certo de que "a comissão técnica portuguesa vai também ter em conta as recomendações da Comissão Europeia na avaliação e avaliará se isso implica ou não uma revisão dos critérios da vacinação definidos".

António Costa considera natural uma potencial reavaliação dos critérios definidos e justifica-o dizendo que "nos últimos meses todos temos aprendido [sobre a pandemia] uns com os outros".

Independentemente dessa avaliação, Costa mostrou-se satisfeito pela previsão de que "no final da próxima semana teremos assegurada a totalidade da vacinação de todas as pessoas residentes ou que trabalham em lares".

O também secretário-geral socialista, ao lado de Ursula von der Leyen, presidente da Comissão, e de David Sassoli, presidente do Parlamento Europeu, reiterou ainda que entre as prioridades portuguesas para a presidência do Conselho da UE está precisamente a intenção de "avançar com muita força no plano vacinação".

Há uma semana, Francisco Ramos reconheceu também estar a ser "equacionada" a possibilidade de os líderes políticos e titulares dos órgão de soberania serem incluídos nos grupos prioritários para a vacinação contra o novo coronavírus.

O plano de vacinação nacional inicialmente definido e dado a conhecer a 27 de dezembro último não incluiu nos grupos prioritários nem idosos, nem líderes políticos. Foram três os primeiros grupos definidos: Pessoas com 50 ou mais anos de idade com uma ou mais das seguintes patologias (insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal e doença respiratória crónica com suporte ventilatório); residentes em lares e internados em cuidados continuados, assim como funcionários deste tipo de instituições; os profissionais de saúde que atuam na primeira linha de combate à pandemia.
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