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Governo diz que está atento às taxas de esforço dos hospitais de Lisboa

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde afirmou hoje que o Governo está atento às diferentes taxas de esforço dos hospitais da Área Metropolitana de Lisboa, por forma a haver um maior equilíbrio.

Tiago Petinga/Lusa
27 de Janeiro de 2021 às 12:41
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"Estamos atentos às taxas de esforço de forma a equilibrarmos essas taxas de esforço, para que não haja hospitais com 50%, 60% ou 70% e outros com 25% e 30%", disse António Lacerda Sales, que falava aos jornalistas após uma visita a uma estrutura de retaguarda de combate à covid-19, instalada no Hospital Militar de Coimbra.

O secretário de Estado respondia a questões dos jornalistas sobre um documento conjunto das administrações de sete hospitais da Área Metropolitana de Lisboa, que criticavam a distribuição de doentes entre os hospitais da região, referindo que as unidades periféricas têm uma maior taxa de esforço do que as centrais.

"Vi essa carta e estamos sempre muito atentos a todos os sinais que surgem no terreno", acrescentou António Lacerda Sales.

Num documento revelado hoje pelo jornal I, que escreve que a carta já foi enviada à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, as administrações do Centro Hospitalar Barreiro- Montijo, Centro Hospitalar de Setúbal, Hospital Beatriz Ângelo (Loures), Hospital Garcia de Orta (Almada), Hospital José de Almeida (Cascais), Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) e Hospital de Vila Franca de Xira, dizem que a distribuição de doentes não está a ser "equilibrada".

Questionado sobre a situação do Amadora-Sintra em que houve necessidade de transferir doentes para estabilizar a rede de oxigénio medicinal daquela unidade, António Lacerda Sales frisou que o Governo "está em condições de garantir que fará todos os esforços para que essas situações não se voltem a repetir".

"Em mais de 300 doentes internados, mais de 150 já estavam em ventilação não evasiva, que exige altos fluxos de oxigénio. Tendo muitos doentes com esta pressão de oxigénio vai levar a um aumento de pressão dentro da estrutura. Para evitarmos que a estrutura pudesse vir a não suportar a pressão, nomeadamente dentro das tubagens, o que se fez foi preventivamente transferir doentes para outros hospitais", explicou.

O secretário de Estado salientou ainda a "cooperação institucional" entre hospitais do sistema público e privado na transferência dos doentes.

O Hospital Amadora-Sintra garantiu hoje que a rede de oxigénio medicinal já está a funcionar de forma estabilizada e em segurança, depois dos problemas que na terça-feira obrigaram a transferir 53 doentes para outras unidades.
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