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Governo britânico aconselhado a mais restrições para evitar "uma catástrofe" em janeiro e fevereiro
Apesar da campanha de vacinação estar em andamento, a nova mutação do vírus descoberta no Reino Unido revela-se preocupante. Epidemiologista britânico garante que devem ser implementadas novas restrições para evitar uma catástrofe.
De modo a evitar uma catástrofe e a conter a propagação da nova variante da Covid-19, o Reino Unido necessita de impor regras mais rígidas, segundo revelou esta terça-feira (dia 29 de dezembro) um importante epidemiologista e conselheiro do governo.
Apesar de iniciada a campanha de vacinação, o panorama teima em não melhorar. O Reino Unido registou no início desta semana 41.385 novos casos de Covid-19, o maior número de infeções desde que os testes se tornaram mais acessíveis.
Os hospitais britânicos encontram-se agora mais lotados do que outrora, sendo que os profissionais de saúde se queixam de ter mais pacientes nesta fase do que na primeira vaga do vírus, de acordo com a informação apurada pela Reuters.
"Estamos a entrar numa nova fase bastante perigosa da pandemia e precisamos de uma ação nacional e antecipada, sendo que estamos numa altura decisiva para evitar uma catástrofe entre janeiro e fevereiro", garante à Reuters Andrew Hayward, professor de epidemiologia e doenças infeciosas da University College London.
Hayward revela ainda que a nova mutação da Covid-19 se transmite com maior facilidade e, por essa mesma razão, as restrições existentes na Inglaterra não são suficientes para conter a sua propagação.
As escolas britânicas reabrem no dia 4 de janeiro, contudo o epidemiologista defende que deveriam permanecer fechadas tendo em conta a situação atual. As autoridades da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte definiram regras diferentes da Inglaterra e têm medidas distintas para as suas escolas e para combater a Covid-19.