Notícia
Enquanto Portugal confina, há uma Europa que está a relaxar e outra a apertar
Enquanto em Portugal se procuram respostas e metas que sustentem o desconfinamento, na Europa há países a agir nos dois sentidos. Alemanha, Áustria e Holanda já começaram a reabrir e Reino Unido, Luxemburgo e Dinamarca preparam-se para o fazer no próximo mês. Mas outros países como República Checa, França ou Suécia admitem avançar com novas restrições para travar infeções. Veja exemplos de cinco países que estão a levantar restrições e outros cinco que estão a apertar medidas.
----- Países a apertar -----
República checa
A República Checa tem vindo a detetar um aumento exponencial no número de infetados. Com uma média de casos diários dos últimos sete dias de 960 por cada milhão de habitantes, o país baniu as máscaras de tecido e obriga à utilização de máscaras FFP2 nos transportes públicos, lojas e hospitais. Certos países estão também interditos aos cidadãos checos. Durante o final do dia de ontem os membros do governo reuniram-se para discutir medidas mais severas, nomeadamente na circulação na via pública.
França
França também se tem deparado com ressurgimentos dos casos, mas tem preferido agir localmente. O vírus tem proliferado na zona turística da Riviera e partes da região enfrentam este sábado o primeiro de dois fins de semana em confinamento, também as fronteiras com o exterior vão passar a ser monitorizadas. O mesmo vai acontecer na região de Dunquerque durante os próximos dois fins de semana. Segundo o porta-voz de Macron, o país tem 10 de 102 distritos em situação "muito preocupante".
Suécia
A Suécia é um dos países com "mão leve" no controlo da pandemia ao optar por medidas voluntárias que parecem estar a perder efeito. Face ao crescente número de casos e perante uma possível terceira vaga, o Governo limitou o horário de funcionamento dos restaurantes até às 20:30 e passou a controlar as fronteiras terrestres. Em vigor estava já o encerramento de serviços públicos não essenciais e a proibição de venda de bebidas alcoólicas a partir das 20 horas. A população fala em medidas demasiado severas.
Finlândia
Aqui o caso é um pouco diferente e, embora o crescimento no número de casos não seja alarmante, o país parece ter estagnado num patamar relativamente alto. Com vista à redução do número diário de casos, o país decretou o estado de emergência a partir de 8 de março. Em vigor estará o controlo de fronteiras, a partir de dia 18, o ensino à distância para crianças com mais de 13 anos, a proibição de ajuntamentos com mais de 6 pessoas, a imposição do teletrabalho e o uso de máscara em espaços públicos.
Ucrânia
Apesar de o governo ucraniano não impor atualmente um novo confinamento, os dados não mentem e o aumento de 40% no número de casos e a positividade de 19% dos testes é alarmante, sobretudo na região Oeste e na capital, Kiev. Em vigor, só o uso de máscara em lojas e hospitais e é até possível assistir a concertos sem equipamento de proteção individual mas, se os números continuarem a crescer, mesmo com a primeira vacina administrada na quarta-feira, o país deve aplicar medidas.
----- Países a relaxar -----
Áustria
A Áustria é talvez um dos melhores exemplos de testagem massiva. As escolas estão de novo a funcionar presencialmente e todos os alunos são testados através da saliva duas vezes por semana. Lojas e serviços não essenciais também estão abertas para pessoas que apresentem testes recentes com resultados negativos. Quanto aos restantes setores, como a restauração, devem manter-se fechados durante o arranque do próximo mês, mas quando abrirem será para quem apresente teste negativo.
Dinamarca
A Dinamarca arranca com o aligeiramento de medidas já a 1 de março com a abertura de lojas com menos de 5 mil m² e a retoma de atividades ao ar livre até um limite máximo de 25 pessoas. No país nórdico a prioridade é agora a economia e, por isso, as escolas retomarão o ensino presencial apenas em algumas regiões e os alunos vão ser testados duas vezes por semana. Segundo o Governo dinamarquês, as medidas que agora entram em vigor devem contribuir com 330 milhões para a economia.
Suíça
A Suíça é mais um dos países europeus que pretendem reativar a economia a partir de 1 março. Embora gradual, o plano prevê abrir já para a semana lojas, zoos, bibliotecas, museus e todo o tipo de espaços ao ar livre onde se passam a permitir aglomerados até 15 pessoas. Quanto ao desporto, a prática passa a ser permitida para jovens até aos 18 anos (anteriormente 16). O Governo garante que, se a evolução positiva dos indicadores se mantiver, as restrições devem relaxar ainda mais após 1 de abril.
Alemanha
Começou a 22 de fevereiro a primeira fase do alargamento das restrições quando decidiu abrir as portas das salas de aula em 10 regiões para alguns anos e mais uma aderiu desde então. Com uma percentagem de testes positivos inferior à de Portugal e uma capacidade hospitalar superior, o país poderia começar a pensar em desconfinar se não fossem os números mais recentes que a chanceler atribui às novas estirpes. Ainda assim, os cabeleireiros têm abertura prevista para dia 1 e a maioria dos setores para dia 7.
Holanda
A Holanda prefere uma abordagem de "risco controlado" - expressão do próprio primeiro-ministro. Enquanto o recolher obrigatório se estende até 15 de março, as restantes medidas são aligeiradas. O ensino presencial vai regressar para todos os anos escolares. Todos os cidadãos com menos de 27 anos vão poder voltar a praticar desporto e as "profissões de contacto" como massagistas e cabeleireiros vão poder retomar a atividade. Visitas a lojas de bens não essenciais vão depender de marcação antecipada.
República checa
A República Checa tem vindo a detetar um aumento exponencial no número de infetados. Com uma média de casos diários dos últimos sete dias de 960 por cada milhão de habitantes, o país baniu as máscaras de tecido e obriga à utilização de máscaras FFP2 nos transportes públicos, lojas e hospitais. Certos países estão também interditos aos cidadãos checos. Durante o final do dia de ontem os membros do governo reuniram-se para discutir medidas mais severas, nomeadamente na circulação na via pública.
França também se tem deparado com ressurgimentos dos casos, mas tem preferido agir localmente. O vírus tem proliferado na zona turística da Riviera e partes da região enfrentam este sábado o primeiro de dois fins de semana em confinamento, também as fronteiras com o exterior vão passar a ser monitorizadas. O mesmo vai acontecer na região de Dunquerque durante os próximos dois fins de semana. Segundo o porta-voz de Macron, o país tem 10 de 102 distritos em situação "muito preocupante".
Suécia
A Suécia é um dos países com "mão leve" no controlo da pandemia ao optar por medidas voluntárias que parecem estar a perder efeito. Face ao crescente número de casos e perante uma possível terceira vaga, o Governo limitou o horário de funcionamento dos restaurantes até às 20:30 e passou a controlar as fronteiras terrestres. Em vigor estava já o encerramento de serviços públicos não essenciais e a proibição de venda de bebidas alcoólicas a partir das 20 horas. A população fala em medidas demasiado severas.
Finlândia
Aqui o caso é um pouco diferente e, embora o crescimento no número de casos não seja alarmante, o país parece ter estagnado num patamar relativamente alto. Com vista à redução do número diário de casos, o país decretou o estado de emergência a partir de 8 de março. Em vigor estará o controlo de fronteiras, a partir de dia 18, o ensino à distância para crianças com mais de 13 anos, a proibição de ajuntamentos com mais de 6 pessoas, a imposição do teletrabalho e o uso de máscara em espaços públicos.
Ucrânia
Apesar de o governo ucraniano não impor atualmente um novo confinamento, os dados não mentem e o aumento de 40% no número de casos e a positividade de 19% dos testes é alarmante, sobretudo na região Oeste e na capital, Kiev. Em vigor, só o uso de máscara em lojas e hospitais e é até possível assistir a concertos sem equipamento de proteção individual mas, se os números continuarem a crescer, mesmo com a primeira vacina administrada na quarta-feira, o país deve aplicar medidas.
----- Países a relaxar -----
Áustria
A Áustria é talvez um dos melhores exemplos de testagem massiva. As escolas estão de novo a funcionar presencialmente e todos os alunos são testados através da saliva duas vezes por semana. Lojas e serviços não essenciais também estão abertas para pessoas que apresentem testes recentes com resultados negativos. Quanto aos restantes setores, como a restauração, devem manter-se fechados durante o arranque do próximo mês, mas quando abrirem será para quem apresente teste negativo.
Dinamarca
A Dinamarca arranca com o aligeiramento de medidas já a 1 de março com a abertura de lojas com menos de 5 mil m² e a retoma de atividades ao ar livre até um limite máximo de 25 pessoas. No país nórdico a prioridade é agora a economia e, por isso, as escolas retomarão o ensino presencial apenas em algumas regiões e os alunos vão ser testados duas vezes por semana. Segundo o Governo dinamarquês, as medidas que agora entram em vigor devem contribuir com 330 milhões para a economia.
Suíça
A Suíça é mais um dos países europeus que pretendem reativar a economia a partir de 1 março. Embora gradual, o plano prevê abrir já para a semana lojas, zoos, bibliotecas, museus e todo o tipo de espaços ao ar livre onde se passam a permitir aglomerados até 15 pessoas. Quanto ao desporto, a prática passa a ser permitida para jovens até aos 18 anos (anteriormente 16). O Governo garante que, se a evolução positiva dos indicadores se mantiver, as restrições devem relaxar ainda mais após 1 de abril.
Alemanha
Começou a 22 de fevereiro a primeira fase do alargamento das restrições quando decidiu abrir as portas das salas de aula em 10 regiões para alguns anos e mais uma aderiu desde então. Com uma percentagem de testes positivos inferior à de Portugal e uma capacidade hospitalar superior, o país poderia começar a pensar em desconfinar se não fossem os números mais recentes que a chanceler atribui às novas estirpes. Ainda assim, os cabeleireiros têm abertura prevista para dia 1 e a maioria dos setores para dia 7.
Holanda
A Holanda prefere uma abordagem de "risco controlado" - expressão do próprio primeiro-ministro. Enquanto o recolher obrigatório se estende até 15 de março, as restantes medidas são aligeiradas. O ensino presencial vai regressar para todos os anos escolares. Todos os cidadãos com menos de 27 anos vão poder voltar a praticar desporto e as "profissões de contacto" como massagistas e cabeleireiros vão poder retomar a atividade. Visitas a lojas de bens não essenciais vão depender de marcação antecipada.