Notícia
Economia alemã vai contrair-se 4,2% em 2020
A queda será o dobro da sofrida pelo país na crise financeira de 2009 e especialmente pronunciada no segundo trimestre deste ano, quando recuar 9,8%, depois de um recuo de 1,9% no primeiro trimestre.
08 de Abril de 2020 às 10:11
O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha vai contrair-se 4,2% em 2020 devido ao impacto da pandemia da covid-19, segundo as previsões anunciadas hoje pelos principais institutos económicos do país.
A queda será o dobro da sofrida pelo país na crise financeira de 2009 e especialmente pronunciada no segundo trimestre deste ano, quando recuar 9,8%, depois de uma queda de 1,9% no primeiro trimestre.
Depois da forte contração deste ano, os institutos estimam uma recuperação da economia alemã de 5,8% em 2021.
A contração que os institutos especializados preveem nas estimativas da primavera é a maior para um trimestre desde que começaram a efetuar-se estas análises em 1970.
Em 2019, a Alemanha evitou a recessão devido ao facto de o PIB ter crescido 0,6%, depois de expansões de 1,5% em 2018 e de 2,5% em 2017.
Segundo o diretor de conjuntura do Ifo, Timo Wollmershäuser, "a recessão deixa marcas claras no mercado de trabalho e no Orçamento do Estado" e o desemprego subirá até 5,9% em 2020.
Os trabalhadores abrangidos pelo sistema de 'kurzarbeit', uma modalidade de jornada laboral reduzida, subirão para 2,4 milhões de pessoas e as previsões indicam que o total de desempregados subirá para 2,5 milhões de trabalhadores, mais 250.000 pessoas do que em 2019.
Apesar das previsões negativas hoje anunciadas, os autores do relatório reconhecem que a Alemanha goza de condições que lhe permitem enfrentar a situação e "alcançar a médio prazo o nível económico que teria na ausência da crise", adiantou Wollmershäuser.
Em particular, citou a "situação financeira favorável", que torna possível que o Estado aplique medidas para compensar os efeitos negativos a curto prazo, tanto sobre as empresas como sobre as famílias.
Isto significa que haverá um défice conjunto das administrações públicas de 159.000 milhões de euros e que o endividamento bruto da Alemanha em 2020 alcançará 70% do PIB.
Contudo as previsões económicas, com a recuperação prevista em 2021, dependem da pandemia de covid-19, cuja evolução parece difícil de prever, afirmam os institutos.
Os institutos alemães também advertem concretamente que uma recuperação da atividade económica poderia ter como consequência indireta uma nova onda de contágios e que assim as medidas para combater a propagação da covid-19 poderão atingir mais fortemente e durante mais tempo a produção.
O relatório foi elaborado por especialistas do Deutsches Institut für Wirtschaftsforschung (DIW Berlim), do Ifo Institut, do Institut für Weltwirtschaft Kiel (IfW Kiel), do Leibniz-Institut für Wirtschaftsforschung Halle (IWH) e do RWI Leibniz-Institut für Wirtschaftsforschung.
A queda será o dobro da sofrida pelo país na crise financeira de 2009 e especialmente pronunciada no segundo trimestre deste ano, quando recuar 9,8%, depois de uma queda de 1,9% no primeiro trimestre.
A contração que os institutos especializados preveem nas estimativas da primavera é a maior para um trimestre desde que começaram a efetuar-se estas análises em 1970.
Em 2019, a Alemanha evitou a recessão devido ao facto de o PIB ter crescido 0,6%, depois de expansões de 1,5% em 2018 e de 2,5% em 2017.
Segundo o diretor de conjuntura do Ifo, Timo Wollmershäuser, "a recessão deixa marcas claras no mercado de trabalho e no Orçamento do Estado" e o desemprego subirá até 5,9% em 2020.
Os trabalhadores abrangidos pelo sistema de 'kurzarbeit', uma modalidade de jornada laboral reduzida, subirão para 2,4 milhões de pessoas e as previsões indicam que o total de desempregados subirá para 2,5 milhões de trabalhadores, mais 250.000 pessoas do que em 2019.
Apesar das previsões negativas hoje anunciadas, os autores do relatório reconhecem que a Alemanha goza de condições que lhe permitem enfrentar a situação e "alcançar a médio prazo o nível económico que teria na ausência da crise", adiantou Wollmershäuser.
Em particular, citou a "situação financeira favorável", que torna possível que o Estado aplique medidas para compensar os efeitos negativos a curto prazo, tanto sobre as empresas como sobre as famílias.
Isto significa que haverá um défice conjunto das administrações públicas de 159.000 milhões de euros e que o endividamento bruto da Alemanha em 2020 alcançará 70% do PIB.
Contudo as previsões económicas, com a recuperação prevista em 2021, dependem da pandemia de covid-19, cuja evolução parece difícil de prever, afirmam os institutos.
Os institutos alemães também advertem concretamente que uma recuperação da atividade económica poderia ter como consequência indireta uma nova onda de contágios e que assim as medidas para combater a propagação da covid-19 poderão atingir mais fortemente e durante mais tempo a produção.
O relatório foi elaborado por especialistas do Deutsches Institut für Wirtschaftsforschung (DIW Berlim), do Ifo Institut, do Institut für Weltwirtschaft Kiel (IfW Kiel), do Leibniz-Institut für Wirtschaftsforschung Halle (IWH) e do RWI Leibniz-Institut für Wirtschaftsforschung.