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DGS: “Não há evidência” da ligação entre vacina da Astrazeneca e casos de tromboembolismo. Recomendação mantém-se

A DGS e o Infarmed esclarecem que até esteja concluída a investigação aos casos de eventos tromboembólicos, mantém-se a recomendação sobre o uso da vacina da AstraZeneca em Portugal.

Portugal já só conta receber 700 mil doses da AstraZeneca até ao final do primeiro trimestre.
Thomas Samson/Reuters
14 de Março de 2021 às 20:52
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A DGS esclareceu este domingo que vai manter a recomendação do uso da vacina da AstraZeneca contra a covid-19 em Portugal, por não haver evidências de que os eventos tromboembólicos que foram reportados tenham ligação à vacinação.

 

De acordo com o comunicado conjunto da DGS e do Infarmed, emitido este domingo, em Portugal, foram identificados até ao momento dois casos de eventos tromboembólicos pelo Sistema de Farmacovigilância.

 

O esclarecimento das autoridades de saúde surge depois de a Irlanda ter decidido suspender temporariamente a vacinação com a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca, devido à ocorrência de casos de eventos tromboembólicos na Noruega.

 

A DGS explica que os casos notificados estão a ser avaliados pelo Comité de Segurança, PRAC, da Agência Europeia de Avaliação de Medicamentos (EMA), esperando-se uma conclusão durante a próxima semana. Até lá, e com base nos dados atualmente disponíveis, a DGS vai manter a recomendação para o uso da vacina da AstraZeneca no país.

 

"Até ao momento não há evidência de que a vacinação possa estar na origem destes eventos", refere o comunicado. "A DGS e o INFARMED, I.P. informam que, com base nos dados atualmente disponíveis e enquanto decorre a investigação, se mantém válida a informação emitida, podendo a vacina continuar a ser administrada".

 

A DGS e o Infarmed acrescentam que "o número de eventos tromboembólicos comunicados na população vacinada na União Europeia (cerca de 5 milhões de doses) e no Reino Unido (cerca de 11 milhões de doses) continua a não ser superior ao verificado na população em geral".

 

No comunicado, as autoridades de saúde apelam ainda aos profissionais de saúde que suspeitem de reações adversas após a vacinação contra a covid-19 que notifiquem, "de imediato", essas reações no Sistema Nacional de Farmacovigilancia.

 

"Este assunto continua a ser acompanhado pelas autoridades nacionais de saúde, através da sua participação na avaliação que decorre a nível europeu em conjunto com as autoridades congéneres europeias, nomeadamente em reuniões a decorrer na próxima semana", conclui o comunicado.

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