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Delegada de Saúde barra cerimónia de novos líderes de associação patronal
A Associação Empresarial de Cantanhede (AEC) cancelou a cerimónia de tomada de posse dos seus novos corpos sociais, que estava marcada para esta sexta-feira, na sequência de uma intervenção nesse sentido por parte da delegada de saúde local.
"Em virtude do atual estado de propagação da covid-19, quer a nível nacional e, em especial, no município de Cantanhede, entendeu a AEC [Associação Empresarial de Cantanhede] cancelar a cerimónia de tomada de posse dos corpos sociais para o biénio de 2021/2022, a realizar no dia 8 de janeiro, no salão dos BVC – Bombeiros de Cantanhede, pelas 18 horas, seguido de um Cantanhede Honra", avança a associação patronal, em comunicado.
A decisão da AEC "teve em conta a recomendação da digníssima delegada de Saúde do município de Cantanhede", Rosa Monteiro, "que entendeu por bem desaconselhar a realização do evento", revela a mesma organização associativa.
Assim, decidiu ainda a AEC, o atual "presidente da assembleia geral da associação, Luís Aniceto, dará posse aos membros dos órgãos sociais, individualmente, nas instalações da AEC".
"Estamos cientes que, desta forma, não contribuiremos para a propagação da covid-19, no nosso município, cumprindo assim o estabelecido na Lei da República Portuguesa", conclui a AEC.
Recorde-se que, ainda há um mês, Luís Roque, o ainda presidente da AEC, anunciou que, na sequência de um acidente cardiovascular "com alguma gravidade", tinha tomado a decisão de não se recandidatar a qualquer órgão da associação, após duas décadas de liderança desta organização patronal.
"No dia 14 de setembro passado, sofri um acidente cardiovascular com alguma gravidade, que me obrigou a efetuar uma intervenção, denominada angioplastia coronária, com alguma complexidade", conta Luís Roque, presidente da Associação Empresarial de Cantanhede (AEC), numa "carta" enviada à comunicação social, a 9 de dezembro passado.
"Felizmente, encontro-me a recuperar bastante bem, no entanto, com limitações, quer ao nível pessoal, quer profissional. Esta fase vai ter uma duração de cerca de 90 a 150 dias", estimava, na altura, o mesmo empresário e dirigente associativo.
Em 26 anos de vida associativa na AEC, seis como diretor financeiro e 20 como presidente, esta é uma "situação nova" para Luís Roque, de 52 anos. "Nunca estive doente, nunca tinha estado de baixa ou hospitalizado", garantia.
"Assim sendo, vejo-me obrigado a mudar de vida, o que me levou a tomar a decisão de não me candidatar a qualquer órgão social" da AEC, rematava.