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Covid-19: Recurso ao Serviço de Urgência do São João "explosivo e preocupante"
"Estamos a experienciar, no Serviço de Urgência, o mesmo fenómeno que observámos na primeira e na segunda vagas que foram as mais significativas na região Norte", disse o diretor da Unidade Autónoma de Gestão (UAG) de Urgência e Medicina Intensiva do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), Nelson Pereira.
29 de Junho de 2021 às 20:40
O recurso ao Serviço de Urgência do Hospital de São João, Porto, sofreu "em poucos dias" um aumento de 40% de casos suspeitos covid-19, padrão que o médico Nelson Pereira descreveu hoje à Lusa como "explosivo e muito preocupante".
"Estamos a experienciar, no Serviço de Urgência, o mesmo fenómeno que observámos na primeira e na segunda vagas que foram as mais significativas na região Norte", disse o diretor da Unidade Autónoma de Gestão (UAG) de Urgência e Medicina Intensiva do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), Nelson Pereira.
E aos "cerca de 40%" de aumento do número de doentes suspeitos que estão a recorrer ao Serviço de Urgência deste hospital do Porto, o responsável acrescenta preocupação com a subida da taxa de positividade.
"Passou de 1% a 2% - algo que vínhamos mantendo nos últimos meses de forma muito estável -- para cerca de 15% nos últimos cinco dias. E está em crescimento", disse o médico.
Em jeito de alerta quer para as estruturas que têm como missão dar resposta quando existe um caso suspeito quer para a população, Nelson Pereira também alertou para "a mudança muito rápida do padrão de procura" que diz estar a assistir na região Norte e contou que o dia de hoje foi "paradigmático" nesse aspeto face aos relatos que foram feitos pelos doentes.
"O crescimento parece estar a ser explosivo e as estruturas que tiveram montadas para dar resposta a estas situações talvez estejam agora um bocadinho perras e com dificuldade em acompanhar este crescimento rápido. Mas ou se agarra o processo desde o princípio e se põe um travão, ou a situação dispara e o problema torna-se cada vez mais complexo", referiu.
Em causa, por exemplo, os cuidados de saúde primários e a linha SNS14.
À Lusa, Nelson Pereira contou que vários doentes chegaram ao Hospital de São João a contar que procuraram ajuda junto do médico de família devido ao aparecimento de sintomas, mas nas ADR [Áreas dedicadas a Doentes Respiratórios] só existia vaga dentro de dias.
"Isso é insustentável", considerou o diretor da UAG do CHUSJ.
"Estamos a experienciar, no Serviço de Urgência, o mesmo fenómeno que observámos na primeira e na segunda vagas que foram as mais significativas na região Norte", disse o diretor da Unidade Autónoma de Gestão (UAG) de Urgência e Medicina Intensiva do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), Nelson Pereira.
"Passou de 1% a 2% - algo que vínhamos mantendo nos últimos meses de forma muito estável -- para cerca de 15% nos últimos cinco dias. E está em crescimento", disse o médico.
Em jeito de alerta quer para as estruturas que têm como missão dar resposta quando existe um caso suspeito quer para a população, Nelson Pereira também alertou para "a mudança muito rápida do padrão de procura" que diz estar a assistir na região Norte e contou que o dia de hoje foi "paradigmático" nesse aspeto face aos relatos que foram feitos pelos doentes.
"O crescimento parece estar a ser explosivo e as estruturas que tiveram montadas para dar resposta a estas situações talvez estejam agora um bocadinho perras e com dificuldade em acompanhar este crescimento rápido. Mas ou se agarra o processo desde o princípio e se põe um travão, ou a situação dispara e o problema torna-se cada vez mais complexo", referiu.
Em causa, por exemplo, os cuidados de saúde primários e a linha SNS14.
À Lusa, Nelson Pereira contou que vários doentes chegaram ao Hospital de São João a contar que procuraram ajuda junto do médico de família devido ao aparecimento de sintomas, mas nas ADR [Áreas dedicadas a Doentes Respiratórios] só existia vaga dentro de dias.
"Isso é insustentável", considerou o diretor da UAG do CHUSJ.