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Covid-19: número de infetados ultrapassa os 10.500 mas crescimento abranda

O número de mortes provocadas pela covid-19 aumentou para 266 e o número de infetados chega aos 10.524, um crescimento de 6,5% que tem vindo a abrandar nos últimos dias. Há 1075 internados, 251 nos cuidados intensivos. Ministra ainda não vê luz ao fundo do túnel.

04 de Abril de 2020 às 12:16
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O balanço diário realizado pela Direção-geral de Saúde revela que no dia de ontem morreram mais 20 pessoas por covid-19. Há agora 10.524 novos casos, mas a taxa de crescimento, que já chegou a estar quase nos 30%, continua a abrandar, situando-se agora nos 6,45%.

 

Contam-se agora 260 óbitos, um número que cresceu 8% face ao dia anterior e que registou igualmente um abrandamento. A taxa de mortalidade é de 2,5% no geral e de 10,3% nos doentes acima dos 60anos.

 

Há, por outro lado, 17 novos casos de doentes internados, para um total de 1075 - mais 17 do que no dia anterior -, dos quais 245 estão em unidades de cuidados intensivos, mais 6 do que na quinta-feira.  

Na conferência de imprensa que acompanhou a divulgação do balanço diário, a ministra da Saúde explicou ainda que quase 87% dos confirmados estão a ser acompanhados no seu domicílio, estando apenas 10,2% dos doentes internados.

 

O número de casos suspeitos atinge os 81.087, contabilizados desde 1 de janeiro. E entretanto os testes realizados permitiram concluir que 65.045 casos suspeitos não se confirmaram. Um conjunto de 5.518 aguardam agora resultados laboratoriais e 75 pessoas estão já recuperadas.

O relatório da situação epidemiológica indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortes (141), seguida da região Centro (66), da região de Lisboa e Vale do Tejo (54) e do Algarve (5). Quanto à região do Alentejo, o relatório da DGS de sexta-feira apresentava um óbito, mas o de hoje tem zero registos.

Marta Temido adiantou ainda que, de acordo com a informação disponível, "o número médio de casos secundários resultantes de um caso infetado foi de 1.81, ou seja, cada pessoa infetada contagiava em média um pouco menos de duas pessoas". Isso permite concluir que "o surto estava a crescer, mas a taxa era já inferior", sublinhou a ministra, salientando, no entanto, que "todas estas estimativas estão ainda sujeitas a um elevado grau de incerteza" e que "os esforços precisam de continuar a ser no sentido de reduzir a transmissão".

"Todos temos medo, mas este é o momento de equilibrar o medo e a coragem, a coragem de ficar em casa, de continuar a ajudar os outros, de pedir ajuda quando precisamenos dela", reiterou Marta Temido. Apesar do balanço positivo, a ministra considerou que não há ainda "uma luz concreta ao fundo do túnel". E avisou: "Isto não é uma corrida de 100 metros, é uma longa maratona" e por isso "temos de dosear a nossa energia, as nossas expectativas e o nosso esforço, e continuar a seguir as recomendações".

Refira-se ainda que segundo o relatório da DGS, 156 casos resultam da importação do vírus de Espanha, 112 de França, 62 do Reino Unido, 40 dos Emirados Árabes Unidos, 41 da Suíça, 29 de Itália, 23 de Andorra, 19 dos EUA, 18 do Brasil, 16 dos Países Baixos, 14 da Austrália, 11 da Argentina, nove da Bélgica, nove da Alemanha, seis da Áustria, cinco do Canadá e um de Cabo Verde.

O boletim dá ainda conta de três casos importados da Índia, três de Israel, dois casos do Egito, dois da Irlanda, dois do Luxemburgo, dois da Jamaica e outros dois da Tailândia.

Foram também importados um caso do Chile, Cuba, Dinamarca, Indonésia, Irão, Malta, Maldivas, Noruega, Paquistão, Polónia, Qatar, República Checa, Suécia, Ucrânia e Venezuela.

 

(notícia atualizada às 13:20 com mais informação)

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