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Covid-19: Lay-off pode custar mil milhões de euros por mês

Segundo António Costa, o regime de 'lay-off' pode custar cerca de mil milhões de euros por mês aos cofres do Estado. O objetivo é salvaguardar o máximo de postos de trabalho possível.

23 de Março de 2020 às 21:58
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O primeiro-ministro admitiu que o novo regime de 'lay-off' simplificado, criado para responder aos impactos económicos da covid-19, pode custar aos cofres do Estado cerca de mil milhões de euros por mês. 

"O recurso ao lay-off custará 1.000 milhões de euros por mês ao Estado", afirmou António Costa, numa entrevista esta segunda-feira à TVI. 

O novo regime de 'lay-off' simplificado, que entrou em vigor há uma semana, permite que a Segurança Social subsidie os salários, com cortes de rendimento para os trabalhadores, desde que as empresas tenham uma quebra de 40% na faturação.

Duranta a entrevista, o chefe de Governo defendeu a necessidade de evitar ao máximo o aumento do desemprego - há casos que apontam para um milhão de desempregados em sequência desta crise -, optando por defender o novo regime como instrumento para manter empregos e empresas. 

"A pior coisa que pode acontecer é haver um desemprego maciço. É fundamental que os empresários tenham confiança de que este não é o momento de fazerem despedimentos. Temos de fazer um esforço em conjunto para sustentar empresas, emprego e rendimento de forma ao país não afundar. O país não pode parar", afirmou.

O primeiro-minsitro defendeu a utilização de todos os recursos até ao limite do possível. "Mas o Estado não tem uma varinha de condão", lamentou.

Nesse sentido, António Costa voltou a insistir na ideia "aguentar as coisas o melhor possível" pelo menos até junho, quando haverá dados mais sólidos sobre o futuro. Até lá, o objetivo é, repetiu, "não destruir empresas, empregos e suportar o rendimento das famílias o mais possível, usando a margem orçamental disponível".

Depois, será tempo de relançar a economia portuguesa. Nessa altura, António Costa defende um "plano Marshal ou um plano Von der Leyen", numa alusão ao apelido da presidente da Comissão Europeia. "A Europa vai ter de ter um grande projeto de reconstrução económica depois desta pandemia. E nós também temos de ter", disse.

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