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Covid-19: DGS admite testes em massa, mas pessoas com sintomas são prioritárias

Outros países estão a fazer testes em massa ao novo coronavírus. A estratégia que ainda não chegou a Portugal, mas a diretora-geral de Saúde admite também fazê-lo. Vai depender da disponibilidade dos testes, afirma Graça Freitas.

19 de Março de 2020 às 12:48
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A diretora-geral de saúde disse nesta quinta-feira, 19 de março, que uma das estratégias "em mente" é avançar com testes em massa ao novo coronavírus, mas que isso dependerá da disponibilidade e dos resultados que possam trazer. 

"Temos em mente também essa estratégia", respondeu Graça Freitas, em resposta aos jornalistas no 'briefing' diário sobre a evolução da pandemia de covid-19, depois de ter sido questionada sobre se a DGS está a ponderar avançar para testes em massa, tal como fizeram outros países, como a Coreia do Sul. 

"Os países estão a ter estratégias diferentes. Estamos a aprender uns com os outros para perceber qual é a melhor solução", descreveu a diretora-geral de saúde. 

No entanto, "a prioridade é testar, nesta fase, pessoas sintomáticas. Se for necessário decidiremos quem são as mais prioritárias e, depois, testar toda a população com mais risco ou exposta", assegurou. 

A Direção-Geral de Saúde está "a aprender essa estratégia muito alargada" e a procurar compreender quantas pessoas infetadas pelo novo coronavírus são detetados pelo alargamento dos testes. "E depois vamos adaptando a nossa estratégia conforme o que aprendemos e conforme os testes que temos disponíveis a cada dia", disse Graça Freitas.

O número de testes "muda diariamente" e a capacidade de os fazer depende do material disponível no mercado. "Portanto, adaptamos a nossa estratégia de acordo com a nossa capacidade", afirmou. 

"Sempre fará o teste quem mais necessite. Se pudermos alargar, alargaremos, desde que haja evidência de que essa triagem mais alta resulta", disse a diretora-geral de saúde.

Suspeitos seguidos em casa por médicos de família

Portugal vai passar para um novo modelo de atendimento dos infetados com o novo coronavírus, sendo que quem apresentar sintomas ligeiros ou moderados vai passar a ser seguido em casa pelos profissionais de saúde dos cuidados primários.


A grande maioria dos infetados (em torno dos 75%) não está a ser seguida nos hospitais e assim deve continuar a acontecer. Só que, a partir de agora, os doentes serão acompanhados pelos seus médicos de família, enfermeiros ou outros profissionais de saúde, explicou Graça Freitas. 

Totalidade da rede hospitalar pronta para receber doentes

A diretora-geral de saúde indicou ainda que "toda a rede hospitalar já está pronta para receber doentes", o que significa "criar circuitos dentro dos hospitais em que os doentes são divididos em dois grandes grupos: os que não têm suspeita de infeção e os que têm". 

O secretário de Estado da Saúde foi questionado sobre o número de casos positivos de infeção entre os profissionais de saúde, mas António Sales recusou "uma disputa de números", optando antes por apelar ao registo informático dos contactos mais próximos com doentes pelos profissionais de saúde.

Já Graça Freitas anunciou que "ainda hoje" vai ser publicada uma norma para determinar o grau exposição dos profissionais de saúde, salientando varia "conforme o tipo de cuidado e proximidade".

(Notícia atualizada às 13:25 com mais informação) 
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