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Covid-19: AstraZeneca pode retomar testes à vacina já na próxima semana

Segundo o FT, o caso que levou à suspensão dos ensaios está relacionado com um voluntário que desenvolveu uma doença neurológica rara, denominada de mielite transversa, que é causada por uma inflamação da medula espinhal.

Doses de vacinas contra covid-19 covid
09 de Setembro de 2020 às 16:24
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A suspensão dos ensaios da terceira e última fase da vacina que a AstraZeneca está a desenvolver em conjunto com a Universidade de Oxford  contra a covid-19 pode ser de curta duração.

 

Citando fontes próximas do tema, o Financial Times avança esta tarde que os testes podem ser retomados já na próxima semana. O anúncio da suspensão dos testes foi feito na noite de terça-feira depois de ter surgido uma suspeita de reação adversa séria num voluntário durante este ensaios, que estão a decorrer em simultâneo na Inglaterra, Índia, Brasil e África do Sul.

 

O caso ocorreu no Reino Unido, com o voluntário em causa a sofrer uma reação adversa grave. De acordo com o jornal britânico, o voluntário desenvolveu uma doença neurológica rara, denominada de mielite transversa, que é causada por uma inflamação da medula espinhal. 

 

Pascal Soriot, CEO da AstraZeneca, já tinha classificado a suspensão de temporária e revelado que o caso estava a ser analisado por um comité independente.

 
Nos mercados o nervosismo com a viabilidade da vacina também já se esbateu. Na negociação fora da sessão regular as ações da farmacêutica chegaram a afundar perto de 10% ontem à noite. Na bolsa de Londres estiveram hoje a cair mais de 3%, mas depois da notícia do FT já seguem em alta. Sobem 0,08% para 83,55 libras.

Apesar de ser apenas uma das 34 candidatas em avaliação clínica, segundo o mais recente boletim divulgado pela Organização Mundial de Saúde, este contratempo fez soar os alarmes por se tratar de uma das oito vacinas que já estão na fase 3. Integra a lista restrita daquelas que podem chegar primeiro ao mercado e os investigadores admitiam que as primeiras doses seriam disponibilizadas ainda em novembro.

 

A confirmação da suspensão dos testes foi efetuada ontem à noite, depois de surgirem as primeiras notícias sobre o assunto. "Como parte dos testes globais controlados e randomizados em andamento da vacina de Oxford contra o coronavírus, o nosso processo de revisão padrão desencadeou uma pausa na vacinação para permitir a revisão dos dados de segurança", indicou a companhia em comunicado.

A AstraZeneca frisou que se trata de "uma ação de rotina, que deve acontecer sempre que houver uma doença potencialmente inexplicada num dos ensaios, enquanto ela é investigada", de forma a garantir que é mantida "a integridade dos ensaios".

"Em testes de larga escala, as doenças acontecem por acaso, mas devem ser revistas de forma independente para que sejam verificadas com cuidado. Estamos a trabalhar para acelerar a revisão de um único evento para minimizar qualquer impacto potencial no cronograma do teste. Estamos comprometidos com a segurança de nossos participantes e os mais altos padrões de conduta nos nossos testes", concluiu o comunicado.

Dessa forma, os estudos em estágio final da vacina estão suspensos enquanto a empresa investiga se um relatório de um paciente com um efeito colateral sério está relacionado com o produto em desenvolvimento.

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