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Costa pede “regresso à rua” dos portugueses “com a mesma determinação com que nos fechámos”

"Não nos podemos deixar vencer pelo vírus, mas também não nos podemos deixar vencer pela cura", disse o primeiro-minsitro,

16 de Maio de 2020 às 14:24
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O primeiro-ministro, António Costa, pediu hoje aos portugueses que regressem às ruas, frequentando lojas, restaurantes e cafés, embora com cautelas, com a mesma convicção com que lhes pediu que ficassem em casa devido à covid-19.

"Com a mesma determinação com que nos fechámos, temos agora também de voltar a ir à rua, voltar a procurar retomar a normalidade da nossa vida agora de uma nova forma e com as cautelas que não podemos deixar de ter", defendeu o primeiro-ministro.

António Costa lançou este apelo no final de uma visita ao comércio do Chiado, em que esteve acompanhado pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, e pelo secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro.


Costa pede aos portugueses que regressem à rua mas com cautelas
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O primeiro-ministro, António Costa, pediu hoje aos portugueses que regressem às ruas, frequentando lojas, restaurantes e cafés, embora com cautelas, com a mesma convicção com que lhes pediu que ficassem em casa devido à covid-19.

Em declarações aos jornalistas na Rua do Carmo, junto ao Rossio, o primeiro-ministro reforçou esta mensagem.

"Com a mesma convicção com que pedi que ficassem em casa, o apelo que eu agora faço é que, com segurança, com cautelas, retomem o processo de ocupação da rua, de regresso à rua, de regresso às lojas, de regresso à restauração, de regresso aos cafés, porque é assim que, coletivamente, vamos poder relançar outra vez a nossa vida no país", afirmou.

"Não nos podemos deixar vencer pelo vírus, mas também não nos podemos deixar vencer pela cura", disse o primeiro-ministro, que fez vários apelos para que "progressivamente" e "a par e passo" , com "segurança e cautela", possamos ir "retomando a normalidade da nossa vida".

"Se cada um de nós mantiver a disciplina básica de distanciamento físico" e outras medidas de precaução, "podemos retornar a nossa vida", afirmou.

Segundo o primeiro-ministro, os portugueses souberam ser "muito disciplinados e muito determinados" no confinamento em casa para conter a propagação da covid-19.

"Temos tido sucesso e não podemos baixar a guarda, porque este é um esforço que temos de continuar - e para isso temos de usar a máscara quando entramos nos locais fechados, temos de desinfetar as nossas mãos, temos de manter o distanciamento físico", realçou.

Contudo, considerou que "os comerciantes, com enorme responsabilidade, estão a adotar as medidas de segurança" para que se possa voltar às lojas "sem perigo" e que há que "corresponder ao enorme esforço que estes comerciantes fizeram", a quem deixou "uma palavra de alento e de agradecimento".

"O civismo dos portugueses tem sido a chave do nosso sucesso na contenção da pandemia e, portanto, vai ser também a chave de nos irmos libertando em segurança", defendeu António Costa, que desceu o Chiado lado a lado com a sua mulher, Fernanda Tadeu, com quem entrou em várias lojas.

Campanha para as presidenciais de 2021 será diferente

O primeiro-ministro considerou hoje, depois de descer o Chiado, em Lisboa, que tão cedo não voltará a haver campanhas eleitorais como antigamente, devido à covid-19, e anteviu uma campanha para as presidenciais de 2021 diferente, com distanciamento físico.

António Costa falava aos jornalistas na rua do Carmo, já junto ao Rossio, depois de ter descido a rua Garrett, um trajeto habitual das campanhas eleitorais.

Questionado se se imagina a fazer esse mesmo percurso numa futura campanha com o atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro e secretário-geral do PS retorquiu: "Eu acho que não há tão cedo campanhas eleitorais como as campanhas eleitorais antigas".

"Acho que a próxima campanha eleitoral que podemos imaginar ser como eram as de antigamente há de ser a campanha para as eleições autárquicas, mas isso é só em outubro de 2021. Até lá, acho que as campanhas vão ser seguramente bastante contidas - não é contidas, é com distanciamento, adaptadas ao distanciamento físico que temos de ter", acrescentou António Costa.

Na quarta-feira, durante uma visita à Autoeuropa, o primeiro-ministro disse esperar regressar àquela fábrica com o atual Presidente da República já num segundo mandato de Marcelo Rebelo de Sousa, contando, portanto, com a sua recandidatura e reeleição.

"Nós vamos ultrapassar esta pandemia e os efeitos económicos e sociais este ano, no ano que vem, nos anos próximos. E eu cá estarei, e cá estaremos todos, porque isto é um espírito de equipa que se formou e que nada vai quebrar. Cá estaremos este ano e nos próximos anos a construir um Portugal melhor", afirmou, em seguida, Marcelo Rebelo de Sousa.

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