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Combate à covid precisa de mais do que vacinas, diz CEO da Novartis

As vacinas por si só não serão suficientes para combater a Covid-19, disse o CEO da Novartis, Vas Narasimhan. Segundo o gestor, os tratamentos também desempenham um papel crucial.

04 de Outubro de 2020 às 11:00
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É provável que os fornecimentos significativos de vacinas altamente eficazes não estejam disponíveis até o fim do próximo ano, de acordo com Narasimhan, que liderou o desenvolvimento da antiga unidade de vacinas da Novartis antes de ser vendida para a GlaxoSmithKline há cinco anos.

 

Mesmo quando essa vacina estiver no mercado, disse o executivo, provavelmente não protegerá a todos, como é o caso da gripe sazonal. Os investigadores também vão precisar de tempo para observar se as vacinas funcionam de forma diferente para jovens e idosos, explicou.

 

"No mínimo, as terapêuticas serão uma ponte para essas vacinas de alto volume e alta eficácia", disse Narasimhan em entrevista. "Provavelmente, mesmo além do ponto de vacinas serem amplamente implantadas, precisaremos de terapêuticas para aqueles pacientes que ainda adoecem com o vírus."

 

Alguns dos maiores avanços contra a pandemia até agora foram observados nas terapias, com o uso de medicamentos como esteroides para ajudar a prevenir sérios danos aos pulmões. Já em relação às vacinas, os resultados ainda são incertos. Os primeiros dados das principais candidatas devem ser divulgados neste quarto trimestre. A Pfizer prevê resultados já em outubro.

 

A Novartis espera dados até o final de outubro ou início de novembro de um amplo estudo sobre se o seu medicamento antiinflamatório canaquinumabe pode ajudar pacientes com casos graves de Covid-19, disse Narasimhan. Em parceria com a Incyte, a empresa também estuda um medicamento para o cancro de sangue e medula óssea, chamado ruxolitinibe, em pacientes de Covid cujos sistemas imunológicos entraram em colapso e começaram a atacar o próprio organismo. Ao todo, investigadores realizam cerca de 35 ensaios com pacientes Covid-19 utilisando 20 medicamentos diferentes no atual portfólio da Novartis.

 

Na quarta-feira, a empresa suíça e outras 15 farmacêuticas divulgaram um comunicado conjunto com a Fundação Bill & Melinda Gates com a promessa, entre outras coisas, de apoiar a distribuição justa de vacinas e terapias em todo o mundo. Os fornecedores decidirão se usarão doações, suprimentos sem fins lucrativos ou preços diferenciados.

 

As empresas também pediram que sejam eliminadas "considerações políticas injustificadas" do processo de aprovação de medicamentos, vacinas e testes.

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