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CDS questiona Governo sobre "administração inadequada de vacinas"

Os deputados centristas enviaram uma carta à ministra da Saúde em que questionam Marta Temido sobre o número de queixas sobre vacinação "inadequada" já recebidas e se já foi tomada alguma medida para travar este tipo de situações.

28 de Janeiro de 2021 às 15:29
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Perante a sucessão de casos de incumprimento das regras definidas pela task force para os grupos prioritários de vacinação, o grupo parlamentar do CDS remeteu quatro perguntas à ministra da Saúde, Marta Temido.

Na missiva, os centristas questionam "quantas notificações e/ou queixas sobre vacinação ‘inadequada’ já chegaram ao Ministério da Saúde", se já "foi tomada alguma medida concreta", que "medidas foram já tomadas para que estes casos parem por aqui e não se repliquem", e "que tipo de acompanhamento está o Governo a fazer do cumprimento das orientações gerais para administração da vacina contra a covid-19".

Ao Negócios, a deputada Ana Rita Bessa antecipa que "o Governo não responderá de forma clara e em tempo útil" e recorda que Temido, quando foi confrontada com este tipo de situações, "limitou-se a remeter sempre para o coordenador da task force (Francisco Ramos) e para a necessidade de censura social" dos casos conhecidos.

Esta quinta-feira, o Negócios noticiou o caso da Misericórdia de Trancoso, cujo provedor, restante administração, dois padres ligados à instituição e a irmã do delegado de saúde local foram indevidamente vacinados, tendo a explicação dada consistido na necessidade de não desperdiçar "vacinas sobrantes".

No entender da parlamentar do CDS, o "argumento apresentado ultimamente é que há doses sobrantes, mas, em bom rigor, o que esta estipulado no plano de vacinação é que existe uma priorização de critérios segundo o qual as doses sobrantes devem ser segundo esses critérios".

Além das questões colocadas ao Governo, Ana Rita Bessa disse esperar que, na próxima semana, Francisco Ramos e a comissão que "também definiu os critérios para a vacinação" possam "prestar contas" ao Parlamento em sede da comissão eventual de acompanhamento da covid-19.

Mais do que saber como poderão ser penalizadas as pessoas que prevaricaram, Ana Rita Bessa quer que fiquem "claros os critérios e qual o canal de contacto para se saber o que fazer com as vacinas sobrantes".

É que tal como está, o processo de vacinação em curso "premeia quem pevarica" na medida em que, tratando-se de uma vacina administrada em duas tomas, a segunda dose terá de ser aplicada mesmo a quem prevaricou, caso contrário "é puro desperdício".

Ao final desta manhã, o coordenador da task force para a vacinação, Francisco Ramos, durante a atualização do plano para a administração de vacinas contra a covid, disse só ter a "lamentar" as situações verificadas de "desvio dos critérios" estabelecidos, adiantando que a Inspeção Geral de Saúde vai controlar a correta aplicação das regras definidas. 
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