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Britânicos ignoram pedido de Boris Johnson para trabalhar em casa
Funcionários de colarinho branco no Reino Unido têm ignorado os apelos do primeiro-ministro britânico para trabalhar em casa.
O número de pessoas que entram em prédios comerciais não diminuiu desde o pedido de Boris Johnson na semana passada para que trabalhadores evitassem ir aos escritórios se possível, de acordo com dados da Metrikus, que instala sensores em prédios nas maiores cidades do Reino Unido. O pedido acompanhou medidas mais rigorosas do governo para combater o aumento de casos de covid-19.
Os dados da Metrikus mostram que a ocupação de escritórios duplicou na primeira quinzena de setembro e agora corresponde a cerca de um terço dos níveis antes das restrições introduzidas em março. O apelo de Johnson na semana passada pode ter apenas interrompido o aumento do número de pessoas que regressam aos escritórios, em vez de diminuir o fluxo, de acordo com o relatório.
"Esses dados sugerem que uma série de empresas com escritórios e indivíduos concluíram que pelo menos parte do seu trabalho não pode ser concluído em casa", disse Michael Grant, diretor de operações da Metrikus, em comunicado.
A nova recomendação para o trabalho remoto reverteu os esforços de Johnson para reabrir a economia depois do primeiro lockdown nacional ter provocado uma recessão. Durante o verão, o governo incentivou o regresso aos escritórios, compras em lojas e visitas a pubs e restaurantes. Mas o ressurgimento do vírus obrigou as autoridades a suspenderem as iniciativas e aumentar as restrições.