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Banco de Portugal garante que "pagar com notas e moedas é seguro"

"O dinheiro não constitui uma forma de transmissão comum da covid-19", mas "aconselha-se sempre a higienização das mãos após o contacto com notas e moedas", diz o banco central português, lembrando que "a sua utilização não pode ser recusada".

Reuters
15 de Junho de 2020 às 09:39
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O Banco de Portugal publicou esta segunda-feira um descodificador onde garante que "pagar com notas e moedas é seguro", embora recomende "sempre a higienização das mãos após o contacto" o dinheiro físico.

 

"A probabilidade de contágio é muito baixa quando comparada com a de outras superfícies, mas – tal como em tempos de normalidade – aconselha-se sempre a higienização das mãos após o contacto com notas e moedas", refere a nota do Banco de Portugal.

 

Muitos estabelecimentos comerciais estão a pedir aos clientes que privilegiem o pagamento através de cartões de movo a reduzir o risco de transmissão da covid-19.

 

O Banco de Portugal alerta que "as notas e as moedas de euro têm de ser obrigatoriamente aceites em pagamentos, pelo valor nominal, em toda a área do euro" e "a sua utilização não pode ser recusada, em nenhum caso, desde que cumpridos os limites máximos definidos na lei".

 

Citanda a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Direção-Geral da Saúde (DGS), o Banco de Portugal afirma que o "dinheiro não constitui uma forma de transmissão comum da covid-19". Cita também o Instituto Robert Koch, da Alemanha, que "confirmou recentemente que "a transmissão do vírus através das notas de banco não tem um significado especial".

 

Acrescenta que os "resultados preliminares dos testes realizados no Eurosistema revelam que a carga viral do novo coronavírus diminui rapidamente nas primeiras seis horas após deposição em notas e moedas de euro".

 

O Banco de Portugal revela que estão a ser realizadas investigações sobre o vírus e os "resultados preliminares revelam que a respetiva carga viral apresenta um rápido declínio nas primeiras seis horas após deposição em notas e moedas de euro".

 

Acrescenta que "a degradação do vírus é mais rápida nas notas e moedas de euro do que no aço inoxidável, material usado, por exemplo, nas maçanetas das portas. No caso das notas de euro, a diminuição da carga viral é 10 a 100 vezes mais rápida nas primeiras horas do que no aço inoxidável". 

 

"A probabilidade de contágio com um vírus através de uma nota ou de uma moeda de euro é muito baixa em comparação com outras superfícies", reforça o banco central, ressalvando contudo que como as notas e moedas "são manuseadas por um grande número de pessoas, é importante que os utilizadores higienizem sempre as mãos após o contacto com notas e moedas, independentemente de existir ou não um contexto de pandemia".

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