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Todas as regiões portuguesas cresceram acima dos valores pré-pandemia em 2022

Em termos nominais, todas as regiões do país superaram os valores registados no período pré-covid. Região autónoma da Madeira a registar a maior taxa de crescimento face a 2019. Crescimento é explicado, em parte, pela inflação, que atingiu em 2022 um recorde desde a adesão ao euro, nos 9,6%.

Após crescer 1,6% em cadeia no primeiro trimestre, uma desaceleração económica é dada como “inevitável”.
Paulo Calado
18 de Dezembro de 2023 às 11:44
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Todas as regiões portuguesas cresceram, em termos nominais, acima dos valores pré-pandemia em 2022, segundo os dados provisórios do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta segunda-feira. A inflação terá dado uma ajuda, com a região autónoma da Madeira a registar a maior taxa de crescimento.

"Estima-se que, em 2022, o PIB [produto interno bruto] de todas as regiões tenha ultrapassado o valor do ano pré pandemia, com uma variação similar ao país (13%), destacando-se a região autónoma da Madeira com um PIB nominal de 17,4% acima do valor registado em 2019", lê-se no destaque do INE.

Esse crescimento é explicado em parte pela inflação, que atingiu o pico em outubro de 2022 nos 10,1%. Nesse ano, Portugal fechou o ano com uma inflação de 9,6%, um valor recorde desde a adesão ao euro. Com uma inflação mais alta, o crescimento é "insuflado", sendo superior ao valor real (deflacionado). Em 2022, o PIB do país cresceu, em termos nominais, 12,2%, enquanto, em termos reais, cresceu 6,8%.

Os dados provisórios da contas regionais revelam que todas as regiões apresentaram variações positivas. As taxas de crescimento nominal mais elevadas foram observadas no Algarve (21,3%), na Região Autónoma da Madeira (19,8%) e na Área Metropolitana de Lisboa (14,1%), três regiões fortemente afetadas pela pandemia. 

No caso das restantes regiões, o INE estima que as variações nominais ficaram "abaixo da média do país" (12,2%), com um crescimento de 12% na Região Autónoma dos Açores, 10,4% no Norte e no Alentejo, "distanciando-se ligeiramente o Centro, com um crescimento nominal de 9,1%".

Em termos reais, todas as regiões registaram também crescimentos, com destaque para o Algarve (17%), a região autónoma da Madeira (14,2%) e a área metropolitana de Lisboa (8,2%). A região autónoma dos Açores teve um desempenho idêntico ao país (6,8%) e, por outro lado, o Norte (5,6%), o Alentejo (4,7%) e o Centro (3,8%) apresentaram taxas de crescimento "mais moderadas".

"Refira-se que, em larga medida, as regiões que apresentaram desempenhos mais modestos em 2022 tinham sido menos afetadas pela pandemia nos dois anos anteriores. Em sentido oposto, as regiões com crescimentos mais intensos em 2022 tinham registado contrações mais fortes nos anos da pandemia", indica o INE.

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