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Risco de pobreza baixou em Portugal e atinge um quarto da população

O INE calcula que 2,595 milhões de pessoas que residem em Portugal estavam em risco de pobreza ou exclusão social no ano passado.

O número de pessoas em risco de pobreza e exclusão social aumentou 72 mil entre 2010 e 2015. Bruxelas duvida que a meta de redução de 200 mil pessoas seja atingida.
Miguel Baltazar
16 de Maio de 2017 às 11:26
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O risco de pobreza ou exclusão social baixou em Portugal no ano passado, indica o Instituto Nacional de Estatística com base no Inquérito às Condições de Vida e Rendimento que publicou esta terça-feira, 16 de Maio.

 

No ano passado, 2,595 milhões de residentes estavam em risco de pobreza ou exclusão social, o que de acordo com o INE representa 25,1% do total. Ou seja, trata-se de uma redução de 1,5 pontos percentuais face a 2015.

 

O instituto acrescenta que do total de pessoas em pobreza ou exclusão social, 18,8% (cerca de 487 mil) eram menores de 18 anos e 18,0% (cerca de 468 mil) eram pessoas com 65 ou mais anos.

 

"As condições habitacionais adversas, como sejam o número de divisões habitáveis, a existência de instalações sanitárias e as condições físicas e de luminosidade do alojamento afectam mais frequentemente as pessoas em risco de pobreza e as famílias com crianças", diz o INE, acrescentando que "a sobrecarga das despesas em habitação afectou quase 30% da população com menores rendimentos em 2016".

 

O inquérito realizado pelo INE mostra ainda que em 2016 "10,3% das pessoas viviam com insuficiência de espaço habitacional, valor idêntico ao registado nos dois anos anteriores", sendo que "Portugal regista uma taxa de sobrelotação da habitação inferior à média da União Europeia".

 

Rendimento médio das famílias aumentou em 2015

 

O destaque que o INE publicou esta terça-feira contém ainda informação sobre os rendimentos e condições de vida das famílias portuguesas, mas relativas a 2015.

 

Refere o INE que o rendimento monetário disponível médio por agregado familiar foi de 17.967 euros anuais em 2015, ou seja, 1.497 euros por mês. O que representa um aumento de 79 euros por mês face a 2014 em cada agregado familiar.

 

Segundo a mesma fonte, o rendimento das famílias portuguesas estava em 2015 ao mesmo nível registado há nove anos, pois em 2006 situava-se nos 17.926 euros.

 

Para a população total, registou-se em 2015 uma variação anual positiva do rendimento monetário disponível por adulto equivalente, 4,1%, mais acentuada do que a verificada nos dois anos anteriores (0,6% em 2013 e 2,5% em 2014). O INE salienta que o rendimento monetário disponível mediano por adulto equivalente para a população em risco de pobreza tem vindo a aumentar desde 2014 (4,4%), e 7,6% em 2015.

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