Depois de terem sofrido uma degradação entre Abril e Julho, as perspectivas de evolução da actividade económica em Portugal recuperaram em Agosto e essa melhoria prosseguiu pelo menos até Outubro, sugere o indicador compósito avançado da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Concebido para antecipar entre seis a nove meses pontos de viragem na actividade económica em relação à tendência, o indicador, actualizado nesta segunda-feira, 8 de Dezembro, voltou a subir em Outubro pelo terceiro mês consecutivo, cifrando-se em 101,74 pontos, mantendo-se, assim, acima dos 100 pontos, que correspondem à média de longo prazo. Em Setembro, o indicador avançado atingira a marca de 101,60 pontos, depois de em Agosto ter tocado em 101.

Já na Zona Euro, os indicadores apontam para um abrandamento das perspectivas de crescimento económico, com o indicador compósito a manter-se nos 100,6 pontos em Outubro, tal como o registado no mês anterior. Destaque para a Alemanha, maior economia europeia, onde o indicador voltou a descer para 99,49 pontos, sendo Outubro o terceiro mês consecutivo em que este se situa abaixo da média de longo prazo.

Na Europa, estes indicadores sugerem que "o crescimento vai continuar a perder força", estando, no entanto, as perspectivas estáveis para crescimento na maioria das outras grandes economias globais e nos países da OCDE como um todo.

Entre as sete principais economias da OCDE, o movimento de desacelaração é ainda mais notório no Japão, cujo indicador compósito caiu 1,51 pontos para os 99,7 pontos em Outubro.

Entre as maiores economias da OCDE, os indicadores apontam para uma estabilização do crescimento nos Estados Unidos, no Canadá, na China e no Brasil.