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ISEG aponta "desaceleração substancial" do crescimento do PIB no 2.º trimestre

Economia vai continuar a crescer face ao arranque do ano, mas com menos fulgor. Crescimento do consumo e retoma dos serviços devem sustentar dinâmica.

Na CGA a desistência só é possível durante o período de reflexão. Na Segurança Social é possível desistir do pedido e voltar a apresentá-lo em 2022.
Bruno Simão
15 de Junho de 2022 às 12:31
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O ISEG espera uma "desaceleração substancial do crescimento em cadeia" no segundo trimestre, mas mantém a projeção para o conjunto do ano entre 6% e 7,2%, de acordo com a síntese de conjuntura divulgada esta quarta-feira.

Para os economistas do Grupo de Análise Económica da escola de economia e gestão, "atendendo aos primeiros dados dos indicadores quantitativos relativos ao segundo trimestre, em particular relativos a abril, a economia portuguesa continuou a crescer em relação à média do 1.º trimestre" quando cresceu 11,9% em termos homólogos e 2,6% em cadeia. 

Os mesmos dados indicam que a evolução estará "sustentada no crescimento do consumo e na retoma do setor dos serviços". Assim, "a manter-se em maio e junho esta evolução, isto significa que a variação homóloga do PIB durante o 2.º trimestre deverá superar os 7,2% ainda que se espere uma desaceleração substancial do crescimento em cadeia", sublinham os economistas.

Recorde-se que nos primeiros três meses de 2021, a atividade económica em Portugal foi afetada por um período de confinamento muito restritivo iniciado no final de 2020 e que se prolongou pelo início do ano seguinte.

O contágio da inflação

O ISEG indica que a escalada da inflação deve continuar no resto do ano. "Para a segunda metade do ano não parece improvável que a escalada da inflação, que no presente está longe de poder ser considerada limitada, em amplitude e no tempo, não comece a ter efeitos sobre o consumo privado e em termos de procura externa", referem os economistas.

A concretizar-se este cenário, deverá resultar num "mais rápido arrefecimento do crescimento", não afetando, contudo, as previsões para o conjunto do ano. "Não existindo de momento mais dados, e apesar da revisão em baixa das previsões de crescimento para a Zona Euro, continua a manter-se a previsão de crescimento da economia portuguesa em 2022 no intervalo de 6,0% a 7,2%", concluem.
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