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Inflação na OCDE trava pelo quarto mês consecutivo. Abrandou para 8,8% em fevereiro

Alívio nos preços da energia contribuiu para esta nova travagem na subida da inflação no conjunto de 38 países da OCDE. Este é já o quarto abrandamento consecutivo na inflação na OCDE. Subida homóloga dos preços nos alimentos foi também menor em fevereiro.

Diferença nas taxas de inflação enfrentadas pelos mais ricos e mais pobres atingiu, em outubro, 1,44 pontos percentuais em Portugal.
João Cortesão
04 de Abril de 2023 às 11:00
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A inflação na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) abrandou para 8,8% em fevereiro, segundo os dados revelados esta terça-feira. O valor compara com os 9,2% de inflação registados no primeiro mês do ano, sendo este o quarto alívio consecutivo na subida homóloga dos preços no consumidor na OCDE.

A contribuir para esta nova travagem na subida da inflação no conjunto de 38 países da OCDE está o alívio nos preços da energia. A variação homóloga dos preços dos produtos energéticos passou de 16,4% em janeiro para 11,9% em fevereiro. A descida foi transversal a todos os países da OCDE, com exceção da Polónia e Colômbia.

Ainda relativamente ao índice de preços na energia, a OCDE dá conta de que, entre janeiro e fevereiro, a variação homóloga dos preços abrandou mais de 10 pontos percentuais em países como a Bélgica, Itália, Japão e Costa Rica. No caso do Japão e do Canadá, fevereiro foi o primeiro mês de alívio nos preços da energia desde o início de 2021.

Por outro lado, a subida dos preços nos alimentos foi também menor. Em fevereiro, o índice referente aos bens alimentares na OCDE passou de 15,2% em janeiro para 14,9%, completando assim três meses consecutivos de abrandamento.

Sem considerar a energia nem os alimentos, a taxa de inflação ficou "praticamente estável" em fevereiro na OCDE. 

A variação homóloga dos preços no G7, o grupo de países mais industrializados do mundo, passou de 6,7% em janeiro para 6,4% em fevereiro, com destaque para o abrandamento registado no Canadá, Itália, Japão e Estados Unidos. Em sentido contrário, a inflação voltou a conhecer um novo crescimento em França e no Reino Unido, enquanto se manteve estável na Alemanha durante o mês de fevereiro.

Em fevereiro, 13 dos 38 países da OCDE tinham ainda uma variação homóloga da taxa de inflação acima dos dois dígitos, menos um do que no mês anterior. Com as variações mais elevadas, destacaram-se a Hungria, Letónia e Turquia, onde a inflação ultrapassava ainda a fasquia dos 20% em fevereiro.


Em termos mensais, o ritmo da subida da inflação desacelerou em 23 dos 38 países da OCDE, com destaque para o abrandamento registado na Costa Rica e na Turquia.
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