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INE confirma aceleração da inflação para 2,3% em outubro

Dados finais do Instituto Nacional de Estatística revelam que a variação homóloga do índice de preços no consumidor em outubro foi superior em duas décimas ao registado no mês anterior. Inflação "crítica" abrandou mas o índice relativo aos alimentos voltou a acelerar, superando os 2%.

As margens de lucro foram responsáveis por dois terços da inflação em 2022, de acordo com cálculos do Banco de Portugal.
João Cortesão
13 de Novembro de 2024 às 11:10
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O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou esta quarta-feira que a taxa de inflação acelerou, em termos homólogos, para 2,3% em outubro. O valor é superior em duas décimas ao registado no mês anterior, com os alimentos a pressionarem uma maior aceleração dos preços.

"A variação homóloga do IPC [índice de preços no consumidor] foi 2,3% em outubro de 2024, taxa superior em 0,2 pontos percentuais à registada no mês anterior. Com arredondamento a uma casa decimal, esta taxa coincide com o valor da estimativa rápida divulgada a 31 de outubro", revela o INE.

Em sentido contrário, a inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados (alimentos frescos) e produtos energéticos, desacelerou de 2,8% para 2,6%, depois de este indicador ter acelerado ligeiramente em setembro. Esta desaceleração mostra que, em outubro, a pressão sobre os preços dos produtos mais "estáveis" (como a saúde e educação) terá diminuído.

Considerando apenas os dados relativos aos produtos energéticos, a variação homóloga do índice relativo a este tipo de produtos foi negativa em -0,2%, face a -3,5% no mês precedente. Essa variação deveu-se 

essencialmente à "conjugação do aumento mensal registado neste agregado (1,3%) com o efeito de base associado à redução registada em outubro de 2023 (-2,1%)".

Já a variação homóloga do índice referente aos produtos alimentares não transformados foi de 2,1%, o que compara com uma variação homóloga de 0,9% registada em setembro. Este é o valor mais elevado desde julho. 

Por classes de despesa, destacam-se os aumentos homólogos dos preços da habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (7%) e dos bens e serviços diversos (2%). Por outro lado, assinalam-se as diminuições das taxas de variação homóloga do lazer, recreação e cultura (1,1%) e do Vestuário e calçado (-1,9%).

Em comparação com o mês anterior, a variação mensal do IPC foi 0,1%, o que compara com 1,3% no mês precedente. A variação média dos últimos doze meses foi 2,2%, um "valor idêntico" ao observado em setembro.


O índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) português, que permite fazer comparação com os restantes Estados-membros, apresentou uma variação homóloga de 2,6%, uma "taxa idêntica à registada no mês anterior e superior em 0,6 pontos percentuais ao valor estimado pelo Eurostat" para a Zona Euro. Em setembro, essa diferença foi de 0,9 pontos percentuais.

(notícia atualizada às 11:47)

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