O número reflecte uma melhoria crescente do mercado de trabalho, com três meses consecutivos de variações homólogas superiores a 100 mil (valores não ajustados de sazonalidade). Agora, em Fevereiro, é atingida a maior variação homóloga desde Novembro de 2000.

Recorde-se que Portugal atravessou um período de cinco anos – entre 2008 e 2013 – em que se registaram quebras consecutivas do emprego, sem um único mês positivo. Essa tendência inverteu-se no final de 2013, tendo voltado a acelerar nos últimos meses, depois de um abrandamento em 2015.

No entanto, isso não significa que estejamos num valor máximo do emprego desde o início do período mais duro de austeridade, em 2011. Isso foi atingido em Julho deste ano, tendo superado a barreira de 4,6 milhões de pessoas com trabalho. Em Fevereiro, as estimativas do INE apontam para 4,579 milhões. Ou seja, há uma melhoria homóloga, mas face aos meses do Verão, fruto do habitual efeito de sazonalidade, regista-se uma quebra.

Ainda assim, mesmo esse valor de 4,6 milhões, está ainda longe dos quase cinco milhões de empregados que existiam em Portugal antes da crise financeira de 2008.

Os dados não ajustados de sazonalidade do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelaram hoje que a taxa de desemprego de Fevereiro atingiu os 10,3% em Fevereiro. Ajustada desse efeito sazonal, a taxa fixou-se nos 10%.




(Notícia actualizada com a informação de que o emprego em Julho de 2016 representou um máximo desde o início do período de austeridade, mas estava ainda longe do nível de emprego pré-crise financeira.)