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Exportações alemãs para a Rússia caíram 26% em Agosto
O volume de exportações alemãs para o mercado russo caiu 26,3% em Agosto, um dado que confirma que a economia alemã é uma das mais penalizadas com a adopção de sanções económicas contra Moscovo.
As exportações alemãs para a Rússia mantêm a tendência de queda em 2014, quebra que se acentuou em Agosto com uma redução de 26,3% face ao mesmo mês do ano passado. A quebra de 26,3% para um total de 2,3 mil milhões de euros representa a maior queda desde 2009, período em que se sentiram de forma mais aguda os efeitos da crise financeira internacional.
De acordo com os dados oficiais divulgados esta quarta-feira, a Alemanha, que é o principal parceiro económico europeu da Rússia, é também o país mais prejudicado pela política de sanções adoptada pela União Europeia (UE), e também pelos Estados Unidos, contra Moscovo.
Entre Janeiro e Agosto, a queda homóloga das exportações alemãs para a Rússia foi de 16,6% para um montante total de 20,3 mil milhões de euros.
Apesar de em 2013, segundo escreve a agência Reuters, o volume de exportações da Alemanha para a Rússia já ter caído 5,2%, parece claro que a guerra de sanções e contra-sanções entre Moscovo e Bruxelas está a penalizar as empresas alemãs.
Isso mesmo foi confirmado pelo ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, que em declarações ao alemão Bild admitiu que "as sanções contra a Rússia estão a ter um impacto mais relevante na nossa economia do que na de qualquer outra economia europeia".
A Reuters refere ainda que existem mais de 6.200 empresas alemãs a operar no mercado russo, factor que poderá contribuir para explicar a posição inicialmente reticente de Berlim face à adopção de penalizações económicas contra Moscovo. Porém, a chanceler Angela Merkel acabou mesmo por se assumir como a líder europeia mais determinada no endurecer das referidas sanções.
O menor volume de exportações para a Rússia, bem como o refrear das expectativas sobre a evolução económica europeia, acabaram por determinar uma revisão em baixa, por parte de Berlim, das perspectivas relativas à evolução do produto interno bruto (PIB) germânico em 2014 para um avanço de 1,2% e de 1,8% no próximo ano.