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Exportações em 2019 devem abrandar pelo segundo ano
As empresas portuguesas estão menos otimistas com as vendas ao exterior. Parte da culpa é atribuída ao Brexit.
As exportações de mercadorias por parte das empresas portuguesas deverão aumentar 4,3% em 2019, o que representa o segundo ano consecutivo de abrandamento no crescimento.
Esta perspetiva consta do inquérito conduzido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) às empresas portuguesas e mostra uma degradação nas perspetivas. No inquérito anterior, realizado em meados do ano, as empresas apontavam para um crescimento de 6,4% nas exportações de 2018, o que já representava um abrandamento face ao estimado para 2017.
Este ano as empresas esperam um acréscimo de 3,2% nas exportações para os mercados fora da União Europeia (UE) e de 4,6% para os países da UE.
"Em parte a desaceleração esperada estará relacionada com o efeito do Brexit", explica o INE, dando conta que "cerca de 17% das empresas antecipam um impacto negativo nas suas exportações" com a saída do reino Unido da UE.
Ainda no que diz respeito ao Brexit, quase metade das empresas inquiridas (46%) esperam um efeito nulo nas suas exportações. As empresas que preveem um efeito negativo (17%) foram, em 2017, responsáveis por 35% das exportações para o Reino Unido e por 21% do total das exportações de bens nesse ano.
O INE revelou esta quinta-feira que no acumulado até novembro de 2018, em comparação com o acumulado até novembro de 2017, as exportações cresceram 4,9%.
Por categoria de produtos, as empresas perspetivam um aumento de 6,1% nas exportações de material de transporte e acessórios e de 5,8% nas vendas de máquinas, outros bens de capital e seus acessórios.