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Dois terços do investimento estrangeiro concentram-se na Grande Lisboa e no Norte

Grande Lisboa e região Norte concentram 72% dos 180 mil milhões de euros de investimento estrangeiro em Portugal. Madeira viu a sua fatia do stock de investimentos diminuir com as mudanças na Zona Franca.

As novas regras impostas pelo Simplex do urbanismo vão obrigar as câmaras e o setor do imobiliário a adaptações profundas.
João Cortesão
28 de Fevereiro de 2024 às 12:21
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A esmagadora maioria (72%) do total de 180 mil milhões de euros de investimento direto estrangeiro em Portugal concentrou-se na Grande Lisboa e na região Norte no ano passado, segundo dados estatísticos do Banco de Portugal (BdP). 


De acordo com um novo conjunto de estatísticas regionais de investimento direito estrangeiro que o BdP começou a divulgar nesta quarta-feira, dia 28 de fevereiro, a região da Grande Lisboa concentra 55,2% deste rendimento.


Segue-se a região Norte, com 16,2% do investimento direto estrangeiro em 2023, o Algarve, com 9,9%, a região Centro, com 6,2%, a Madeira, com 4,8%, o Alentejo, com 3,4%, a Península de Setúbal, com 2,2%, o Oeste e Vale do Tejo, com 1,4%, e os Açores, com 0,3%.

Entre 2017 e 2023, houve um crescimento na fatia do 'stock' de investimento direto estrangeiro na esmagadora maioria das regiões, com destaque, novamente para a Grande Lisboa (que há seis anos concentrava 52,5%) e para o Algarve (com 7,7% em 2017).

Olhando apenas para 2023, as transações de investimento direto estrangeiro em Portugal totalizaram 6,8 mil milhões de euros e, entre o final de 2008 e o final de 2023, o stock de investimento direto estrangeiro em Portugal mais do que duplicou, diz o BdP. 


O banco central inclui várias áreas de investimento direto estrangeiro, como o investimento em imobiliário, mas não desagrega essa informação por região. 

Mudanças na Zona Franca afastam investimento na Madeira


Pelo contrário, há três regiões onde o investimento direto estrangeiro caiu, com grande destaque para a Madeira. Esta região, que concentrava 12,8% do investimento direto estrangeiro no país em 2017, detinha 4,8% no ano passado. Uma mudança que se explica pela saída de empresas sediadas na Madeira que optaram por sair da região - e do país - com as mudanças na Zona Franca.

Houve quedas também na Península de Setúbal, que em 2017 concentrava 3% do investimento direto estrangeiro, e na região Oeste e de Vale do Tejo, que há seis anos concentrava 2%.

Os Açores continuam a receber apenas 0,3% do investimento direto estrangeiro.

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