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Dívida externa líquida no valor mais baixo dos últimos 18 anos e meio

No final de junho, a dívida externa de Portugal atingiu os 136,9 mil milhões de euros. Nos primeiro três meses tinha sido de 139,7 mil milhões, correspondendo a 51,8% do PIB e no final de 2023 ultrapassava os 142,7 mil milhões, ou seja, 53,6% do PIB.

João Cortesão
20 de Agosto de 2024 às 14:07
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A dívida externa líquida portuguesa recuou para 50% do produto interno bruto (PIB) no primeiro semestre, o rácio mais baixo desde o final de 2005, somando 136.900 milhões de euros, de acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal esta terça-feira 20 de agosto.

Este valor compara com a dívida de 142.700 milhões de euros registada no final de 2023, equivalente a 53,8% do PIB. A explicar este continuado perfil de descida, está o bom desempenho do turismo, mas também de uma contração sucessiva do endividamento da economia que teve uma interrupção durante a fase da pandemia.

Numa nota hoje divulgada, o Banco de Portugal (BdP) regista ainda que a posição de investimento internacional (PII) de Portugal apresentou, no primeiro semestre, o seu rácio menos negativo desde o final do primeiro semestre de 2005.

A PII de Portugal continuou negativa, mas aligeirou-se para -66,0% do PIB (-180.900 milhões de euros) no final de junho de 2024, contra -72,5% do PIB (-192.500 milhões de euros) no final de 2023.

De acordo com o banco central, para esta variação da posição de investimento internacional de Portugal contribuiu, principalmente, a variação positiva dos ativos líquidos sobre o exterior, de 4.100 milhões de euros, refletida no saldo da balança financeira do primeiro semestre de 2024.

Contribuíram ainda as variações de preço positivas, de 7.500 milhões de euros, que refletem a valorização dos ativos financeiros (4.700 milhões de euros), nomeadamente do ouro monetário (3.800 milhões de euros), e a desvalorização dos passivos (2.800 milhões de euros), maioritariamente em instrumentos de capital (1.700 milhões de euros).

A variação da PII traduziu também as variações cambiais positivas, de 800 milhões de euros, que resultaram, essencialmente, da apreciação dos ativos líquidos externos denominados em dólares americanos (900 milhões de euros).

Segundo o BdP, da redução de 6,5 pontos percentuais no rácio negativo da PII no PIB, 4,3 pontos percentuais resultaram da variação nominal da PII e 2,2 pontos percentuais do crescimento do PIB.

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