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Confiança das famílias europeias tem primeira queda num ano. Empresas mais pessimistas
Em agosto, os empresários mantiveram o pessimismo e os consumidores ainda mais, registando neste caso a primeira queda desde setembro do ano passado. Serviços e retalho foram os setores que mais contribuíram para esta descida.
O pessimismo generalizou-se na União Europeia (UE) e na Zona Euro. Em agosto, o indicador de sentimento económico manteve um perfil descendente nos dois blocos, mostram os dados divulgados esta quarta-feira pela Comissão Europeia. Nos países da moeda única teve o pior registo desde novembro de 2020.
"Na UE a queda no indicador ficou a dever-se à descida na confiança entre os consumidores, bem como nos serviços, retalho e entre os empresários da construção", refere Bruxelas no comunicado. A confiança da indústria registou uma ligeira redução.
No caso dos consumidores, a Comissão Europeia revela que o indicador de confiança registou a primeira queda desde setembro do ano passado (-0,9), com os inquiridos a manifestarem maior pessimismo sobre a situação financeira futura das finanças do agregado e a expectativa geral sobre a evolução do país. As intenções de fazerem grandes compras, bem como a avaliação da situação financeira passada manteve-se inalterada.
Por países, o indicador deu maiores sinais de fraqueza em França (-2,5 pontos), na Alemanha (-2,4) e em Itália (-1,1), ou seja, as maiores economias europeias estão em fase depressiva. Já Espanha (+1,5) e a Polónia (+1,2) melhoraram os indicadores, enquanto nos Países Baixos estagnou com uma melhoria marginal (+0,2).
Por setores, a indústria conseguiu resistir relativamente bem a esta vaga de pessimismo (-0,3) depois de seis meses marcados por uma contínua queda. A expectativa sobre a produção melhorou, indicam os dados do inquérito de agosto. A confiança dos serviços registou uma queda (-0,8).
No caso do retalho, a confiança voltou a recuar (-0,6) dada a deterioração sobre a situação passada e o volume de stocks, considerados de um volume acima do normal.
Na construção, o indicador de confiança manteve uma trajetória de descida (-1,1), devido ao nível de encomendas e às expectativas de emprego. Pelo contrário, a falta de material e mão de obra parecem ser de menor preocupação.
Quanto às expectativas gerais para o emprego, o indicador teve nova quebra (-1,0), "alimentado pelos serviços, construção e retalho, que esperam menos contratações no futuro. Já as famílias estão ligeiramente mais otimistas quanto à evolução do emprego.