Segundo uma nota publicada esta manhã, 23 de Outubro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2013, 61% das empresas exportadoras tinham entre zero e nove pessoas ao serviço, o que assinala um mercado muito fragmentado. No entanto, essas mesmas empresas foram responsáveis apenas por 9,5% do valor vendido ao estrangeiro nesse ano.

Na realidade, são as grandes empresas que garantem a principal fatia das saídas de bens: 42,5% das exportações no ano passado foram realizadas por grupos com 250 ou mais empregados (1,1% do universo empresarial português). A concentração do mercado exportador é ainda mais visível quando se verifica que as cinco maiores empresas exportadoras representam 19,3% das vendas a outros países. As 10 maiores são responsáveis por 24,4% e as 500 maiores por 71,4%.

"A maioria das empresas transaccionou bens com apenas um mercado: 69,3% das empresas e 10,3% do valor total das exportações nacionais", refere a publicação do INE. "As empresas com maior diversificação de mercados registaram o maior valor exportado, correspondendo a 70% das exportações."

As indústrias transformadoras são o sector que mais contribui para as exportações portuguesas, representando 63,1% do total, com destaque para os automóveis (9,7%), justificado pelo "efeito Autoeuropa", a fábrica da Volkswagen em Setúbal.

No que diz respeito ao número de empresas, o comércio por grosso e a retalho é, de longe, o que mais grupos concentra – 42,9% – embora seja responsável por apenas 19,6% do valor vendido.