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Católica baixa previsão de crescimento económico para este ano e 2025

Pelas contas dos economistas da Católica, a economia deve ter acelerado no terceiro trimestre. Mas isso não foi suficiente para manter as estimativas. NECEP piorou projeções de crescimento para este ano e para o próximo.

A taxa de desemprego jovem de 23% compara com 5,3% nos adultos.
Miguel Baltazar
09 de Outubro de 2024 às 12:19
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Os economistas da Universidade Católica estimam que a economia tenha acelerado no terceiro trimestre, ao crescer 0,4% face aos três meses anteriores, mas mostram-se menos otimistas para o conjunto deste ano e do próximo, piorando a projeção para 1,6% e para 1,8%, respetivamente. 

"No terceiro trimestre de 2024, a economia portuguesa deverá ter crescido 0,4% em cadeia, o que corresponderia a 2% em termos homólogos", lê-se num sumário da folha trimestral de conjuntura do NECEP, o núcleo de estudos económicos da Universidade Católica divulgado nesta quarta-feira, 9 de outubro.

Esta estimativa sinaliza que a economia portuguesa deve ter acelerado nos meses de verão, depois de no segundo trimestre ter crescido apenas 0,2%

Mas apesar de esperar uma ligeira aceleração do PIB no terceiro trimestre, os economistas da Católica reviram em baixa a estimativa de crescimento da economia para o conjunto do ano. Agora, estimam que a economia cresça 1,6% em 2024, menos 0,2 pontos percentuais do que o projetado anteriormente. 

A revisão em baixa decorre do "crescimento fraco do segundo trimestre e da revisão dos dados dos últimos dois anos pelo INE, já que a atividade económica continua a evoluir de uma forma aparentemente estável", justifica o NECEP. 

Os economistas destacam que os "fatores determinantes" para a economia portuguesa "continuam a ser as elevadas taxas de juro e a fragilidade da atividade económica na zona euro, em particular na Alemanha e França". E salientam o baixo ritmo de crescimento do investimento (0,6% no segundo trimestre) e os "sinais de moderação" no terceiro trimestre, que refletem "também o atual ambiente externo".

O NECEP revê em ligeira baixa também a estimativa de crescimento de 2025, de 1,9% para 1,8%, mantendo a projeção para 2026 nos 2%. Os valores menos positivos sinalizam também que o Governo pode contar ligeiramente menos com a economia no desenho do Orçamento do Estado (OE) para o próximo ano. 

A economia da Zona Euro deverá ter "um comportamento pior", avançando apenas 0,8% este ano, estimam os economistas. "Os excessos de compromissos financeiros e da política monetária dos anos da pandemia subsistem nas economias europeia e norte-americana", consideram. 

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