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Brasil afunda e arrefece economia mundial

A Zona Euro e, sobretudo, os Estados Unidos até deverão crescer mais do que o previsto neste ano, mas a economia global deverá ter um desempenho ligeiramente mais anémico do que o previsto em 2015 e em 2016. Revisão brutal em baixa das perspectivas para o Brasil ajuda a explicar as novas projecções da OCDE.

Reuters
16 de Setembro de 2015 às 11:52
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A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) reviu ligeiramente em baixa as suas previsões para a evolução da economia global, antecipando um crescimento de 3% neste ano e uma aceleração para 3,6% em 2016, quando em Junho previa 3,1% e 3,8%, respectivamente. Esta queda é essencialmente explicada pelo afundamento da economia brasileira. No espaço de três meses, a OCDE reviu dramaticamente em baixa as suas previsões para o Brasil, calculando agora uma acentuada recessão de 2,8% neste ano (que compara com -0,8% previstos em Junho), seguida de uma nova contracção de 0,7%, que contrasta com a previsão de crescimento de 1,1% que a organização sedeada em Paris fazia há três meses.

A China deverá crescer 6,7% neste ano (menos uma décima do que o previsto em Junho) e 6,5% no ano seguinte (menos 0,2 pontos). 
 

Já a Zona Euro e, sobretudo, os Estados Unidos até deverão crescer mais do que o previsto neste ano: 1,6% e 2,4%, respectivamente, o que traduz uma revisão em alta de 0,1 e 0,4 pontos percentuais. Para 2016, a OCDE antecipa porém uma aceleração menos acentuada, esperando que o PIB conjunto da união monetária europeia progrida 1,9% e que a economia norte-americana acelere para 2,6%, o que, em ambos os casos, significa um ritmo de crescimento 0,2 pontos percentuais inferior ao projectado em Junho. A Alemanha, maior economia do euro, continuará a ser, entre as "grandes", a que mais cresce - 2% em 2016, o que compara com 1,4% em França e 1,3% em Itália - mas é também a que sofre a maior revisão em baixa: há três meses, a OCDE previa um crescimento de 2,4%.

Apesar de as perspectivas para a economia mundial estarem ameaçadas de várias incertezas, "o maior risco é uma desaceleração maior do que a esperada na China", escreve a OCDE. Se essa desaceleração gerar turbulência financeira, e se os mercados reagirem também negativamente à esperada subida das taxas de juro nos EUA - que OCDE concorda dever acontecer, chamando, no entanto, a atenção para a necessidade de o processo ser "gradual" e bem comunicado - poderão ser esperadas "graves repercussões sobre a economia global".




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