Notícia
Associação Business Roundtable lança ferramenta para analisar e promover crescimento
Iniciativa, lançada em parceria com a consultora KPMG, sistematiza 30 indicadores económicos e permite analisar e comparar evolução da economia portuguesa com a de oito países "benchmarkt". "Se não nos compararmos, não sabemos onde estamos e para onde vamos", defendeu Vasco de Mello.
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A Associação Business Roundtable lançou esta terça-feira uma ferramenta digital que sistemativa indicadores económicos, permitindo comparar a evolução da economia portuguesa. A "Comparar para Crescer" visa lançar o debate público, para que Portugal regresse ao top 15 de países europeus com maior PIB per capita.
A ferramenta, lançada em parceria com a consultora KPMG, agrega um total de 30 indicadores disponibilizados por várias fontes estatísticas, como é o caso do Instituto Nacional de Estatística (INE), Eurostat e a Pordata, que retratam a evolução da competitividade da economia nacional. Os dados são agregados em quatro grandes pilares-chave: "performance global" da economia, pessoas, empresas e Estado.
Permitindo recuar até ao início do século, esses dados vão facilitar a comparação do processo de desenvolvimento português com a dos restantes países europeus, em especial com oito países "benchmarkt" (Espanha, Itália, Grécia, República Checa, Polónia, Hungria, Eslovénia e Estónia), que em 2000 "tinham um nível de PIB per capita próximo do português".
Partindo dessa comparação, a Associação Business Roundtable espera que possam ser tiradas conclusões sobre o que pode ser feito, em termos de políticas públicas, para que o PIB per capita português cresça mais e que seja lançado um debate público "centrado nos factos" sobre a "urgência de transformar Portugal".
"Se não nos compararmos, não sabemos onde estamos e para onde vamos", referiu Vasco de Mello, presidente da Associação Business Roundtable, na apresentação da iniciativa. "O crescimento económico acumulado de Portugal ao longo deste século foi de 23%, que é praticamente um terço do crescimento dos países que considerámos como benchmarkt. Só a Espanha cresceu 43%, quase duas vezes mais".
Ultrapassados pela maioria dos países benchmarkt
Vasco de Mello sublinhou que uma das conclusões que se podem tirar dos dados disponibilizados nessa plataforma digital é que, neste momento, alguns dos países com os quais se compara Portugal terem já "um PIB superior" ao de Portugal e, "numa tendência de longo prazo, o país não cresceu o suficiente".
"Depois de 2019, o crescimento acumulado do PIB foi de 6,3% e a média europeia foi de 5,3%. Ou seja, crescemos algo acima da média europeia, mas crescemos em termos acumulados 1%, o que é pouco para o que precisamos e para as ambições que o país deve ter", referiu.
Além disso, argumentou que Portugal tem estado a perder competitividade a nível europeu, devido aos "elevados custos de contexto", e que a progressividade fiscal continua "muito elevada", com "um sistema fiscal muito complexo" e "uma grande burocracia para licenciamento". Elogiando a melhoria das qualificações dos portugueses, afirmou que, no entanto, Portugal não se pode "acomodar com uma situação em que 40% dos licenciados vão para o exterior".
Para já, a ferramenta lançada "Comparar para Crescer" é apenas de uma "versão zero", que será atualizada regulamente e contará com publicações de análises setoriais, para que se possa perceber com está a avançar o crescimento do país em termos conjunturais e estruturais.
A iniciativa é aberta à sociedade civil e estão previstas duas apresentações anuais, com base nos dados divulgados e atualizados regularmente, procurando-se criar "momentos de diálogo, debate e informação". "A informação factual é a base do conhecimento e é essencial para promover a ambição, decisões e ações", explicou o presidente da Associação Business Roundtable.
(notícia atualizada às 17:21)
A ferramenta, lançada em parceria com a consultora KPMG, agrega um total de 30 indicadores disponibilizados por várias fontes estatísticas, como é o caso do Instituto Nacional de Estatística (INE), Eurostat e a Pordata, que retratam a evolução da competitividade da economia nacional. Os dados são agregados em quatro grandes pilares-chave: "performance global" da economia, pessoas, empresas e Estado.
Partindo dessa comparação, a Associação Business Roundtable espera que possam ser tiradas conclusões sobre o que pode ser feito, em termos de políticas públicas, para que o PIB per capita português cresça mais e que seja lançado um debate público "centrado nos factos" sobre a "urgência de transformar Portugal".
"Se não nos compararmos, não sabemos onde estamos e para onde vamos", referiu Vasco de Mello, presidente da Associação Business Roundtable, na apresentação da iniciativa. "O crescimento económico acumulado de Portugal ao longo deste século foi de 23%, que é praticamente um terço do crescimento dos países que considerámos como benchmarkt. Só a Espanha cresceu 43%, quase duas vezes mais".
Ultrapassados pela maioria dos países benchmarkt
Vasco de Mello sublinhou que uma das conclusões que se podem tirar dos dados disponibilizados nessa plataforma digital é que, neste momento, alguns dos países com os quais se compara Portugal terem já "um PIB superior" ao de Portugal e, "numa tendência de longo prazo, o país não cresceu o suficiente".
"Depois de 2019, o crescimento acumulado do PIB foi de 6,3% e a média europeia foi de 5,3%. Ou seja, crescemos algo acima da média europeia, mas crescemos em termos acumulados 1%, o que é pouco para o que precisamos e para as ambições que o país deve ter", referiu.
Além disso, argumentou que Portugal tem estado a perder competitividade a nível europeu, devido aos "elevados custos de contexto", e que a progressividade fiscal continua "muito elevada", com "um sistema fiscal muito complexo" e "uma grande burocracia para licenciamento". Elogiando a melhoria das qualificações dos portugueses, afirmou que, no entanto, Portugal não se pode "acomodar com uma situação em que 40% dos licenciados vão para o exterior".
Para já, a ferramenta lançada "Comparar para Crescer" é apenas de uma "versão zero", que será atualizada regulamente e contará com publicações de análises setoriais, para que se possa perceber com está a avançar o crescimento do país em termos conjunturais e estruturais.
A iniciativa é aberta à sociedade civil e estão previstas duas apresentações anuais, com base nos dados divulgados e atualizados regularmente, procurando-se criar "momentos de diálogo, debate e informação". "A informação factual é a base do conhecimento e é essencial para promover a ambição, decisões e ações", explicou o presidente da Associação Business Roundtable.
(notícia atualizada às 17:21)
