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Alemanha e França aceleram em Março e puxam pela Zona Euro
A economia da Zona Euro continuou a ganhar ímpeto em Março, mostram os dados da IHS Markit. A aceleração sentida na Alemanha e em França colocaram o índice de gestores de compras (PMI) no valor mais elevado desde a crise da dívida na moeda única.
Os valores definitivos confirmam a tendência flash, divulgada há alguns dias: a Zona Euro está a acelerar. Segundo os dados divulgados esta manhã, o PMI aumentou de 56 para 56,4 entre Fevereiro e Março (as leituras preliminares apontavam para um valor ligeiramente mais alto, de 56,7), o que o coloca num máximo de 71 meses. O índice tem mostrado sinais de recuperação há 45 meses, mas agora a tendência parece mais clara. As boas notícias vêm tanto da indústria como dos serviços.
Por detrás desta aceleração estão dois gigantes da economia da moeda única. A expansão económica alemã e francesa, medida pelo PMI, atingiu em Março o valor mais alto em 70 meses, enquanto Itália, Espanha e Irlanda desaceleram um pouco.
"A expansão registada nos números finais do PMI não foi exactamente o crescimento que a publicação flash sinalizava, mas ainda mostra uma taxa de crescimento económico impressionante. Os últimos números fecham o trimestre mais forte desde a Primavera de 2011 e são consistentes com o PIB da Zona Euro crescer 0,6% nos primeiros três meses de 2017", nota Chris Williamson, economista-chefe da IHS Markit. "Esta é uma recuperação abrangente entre os maiores membros da Zona Euro, com um crescimento de 0,6% previsto para Alemanha e França, enquanto Espanha parece ter beneficiado de um crescimento entre 0,8% e 0,9% no primeiro trimestre, de acordo com os dados do PMI."
De destaque é também o emprego entre os países da moeda única, que terá tido o maior crescimento em nove anos e meio, com acelerações nas maiores economias. "Muito bem-vindo numa região que ainda sofre com um desemprego perto dos dois dígitos é o crescimento do índice do emprego para o nível mais alto em quase uma década, sugerindo que devemos esperar que a taxa de desemprego caia mais nos próximos meses", sublinha Williamson.
A publicação não traz dados para Portugal, mas a expectativa é que a economia nacional também tenha continuado a acelerar no primeiro trimestre, com uma taxa de crescimento que poderá rondar os 2%.