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AICEP diz que exportações para Angola recuperam da quebra ainda em 2015

O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) perspectiva que as exportações para Angola cresçam na segunda metade do ano, o que ainda assim será de regressão, provocada pela crise do petróleo.

Bruno Simão/Negócios
25 de Julho de 2015 às 17:41
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Miguel Frasquilho falava hoje à Lusa à margem da Feira Internacional de Luanda (Filda), que encerra no domingo e na qual Portugal teve a maior representação nacional, com 95 empresas, elevando a confiança na retoma das exportações para aquele país, após uma quebra de mais de 20% entre Janeiro e Maio.

 

"Angola tem tudo para voltar a ser, que agora não é, o maior parceiro extracomunitário de Portugal. A segunda metade do ano poderá já ser de recuperação", enfatizou Miguel Frasquilho, que também se reuniu em Luanda com representantes de entidades públicas angolanas, nomeadamente da Agência Nacional para o Investimento Privado.

 

Na maior feira de negócios de Angola, com cerca de 800 expositores de 40 países, e apesar da quebra nas trocas comerciais entre os dois países, devido às consequências da redução para metade das receitas fiscais com a exportação de petróleo, 24 empresas portuguesas estrearam-se na Filda de 2015.

 

"Eu diria que se nós atenuarmos esta quebra [de 20%, até Maio, nas exportações] ao longo da segunda metade do ano já me parece que é um avanço em relação àquilo que temos agora. E depois em 2016 estou confiante que será possível retomar o crescimento a que estamos habituais, angolanos e portugueses", apontou o presidente da AICEP, admitindo que será "difícil" este ano manter os níveis de 2014.

 

Angola foi o quarto maior mercado de exportação de Portugal em 2014, com vendas de 3.175 milhões de euros, um crescimento de 2% face ao ano anterior.

 

Mais de 9.400 empresas portuguesas exportam para Angola, sendo que mais de metade tem no mercado angolano o único destino internacional dos seus produtos.

 

Durante os quatro anos de ajustamento das contas públicas portuguesas, recordou Frasquilho, as relações comerciais com Angola aumentaram 90%, com Portugal a reforçar a liderança das compras angolanas ao estrangeiro.

 

Por esse motivo, sublinhou, numa altura em que as dificuldades financeiras estão do lado angolano - quebra das receitas petrolíferas levou o Governo a cortar um terço de todas as despesas públicas em 2015 -, era necessário que Portugal estivesse em Luanda para "dizer presente" nesta feira.

 

"É nestas alturas que, com os países mais amigos e com quem temos laços mais fraternos e históricos, se vê que as relações são genuínas e boas. É exactamente isso que os empresários portugueses fizeram", concluiu o presidente da AICEP, assumindo um balanço "muito positivo" da participação portuguesa na Filda 2015.

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