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Moradores de Carnide arrancam parquímetros da EMEL

Cerca de duas centenas de moradores de Carnide, em Benfica, juntaram-se esta noite para arrancar os sete parquímetros da EMEL colocados na zona histórica do bairro, alegando que estes lhes foram impostos sem uma consulta prévia.

Pedro Elias/Negócios
06 de Abril de 2017 às 07:30
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Em declarações à agência Lusa, o presidente da Junta de Freguesia de Carnide, Fábio Sousa, disse que esta "acção popular" nasceu de forma espontânea entre os moradores da zona, que se sentem injustiçados com a colocação dos parquímetros por parte da EMEL - Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa, "sem uma consulta pública".

 

Para esta tarefa de remoção, os moradores dizem-se "munidos das próprias mãos" e de "uma enorme vontade de remover uma injustiça" que lhe foi imposta pela EMEL. Os parquímetros vão ficar durante a noite guardados na esquadra da PSP e serão entregues ao final da tarde na Câmara Municipal de Lisboa. 

A informação foi avançada à agência Lusa pelo presidente da Junta de Freguesia de Carnide, Fábio Sousa, que disse ainda que os sete parquímetros serão levados para os Paços do Concelho "sob a guarda da população e da junta" e que pretendiam entregá-los pessoalmente ao presidente da autarquia, Fernando Medina, numa acção que decorrerá pelas 18:00.

A intenção de guardar os parquímetros na esquadra da PSP, que ocorreu ao local de onde foram retirados, pretende proteger estes equipamentos e evitar que sejam vandalizados, disse Fábio Sousa à Lusa.

Cerca das 00:00, o presidente da Junta de Carnide disse que já tinham sido retirados quatro dos sete parquímetros da zona histórica, mas garantindo que não foram danificados nem vandalizados, já que estes cidadãos em protesto "são pessoas de bem" que apenas querem fazer valer os seus direitos nas decisões para a zona onde habitam.

Confrontado sobre se esta acção poderia representar um crime de destruição de propriedade pública, Fabio Sousa disse entender que não, uma fez que a intenção dos moradores "é retirá-los e devolvê-los a quem os impôs" sem questionar a junta ou os moradores.

"Retirada não é vandalização", ouvia-se pelo telefone uma moradora a acrescentar, durante a conversa da Lusa com o presidente da junta.

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