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António Costa demitiu o presidente da EMEL
A autarquia lisboeta demitiu António Júlio de Almeida da presidência da EMEL, cargo que ocupava desde 2009. António Júlio de Almeida admitiu que esta decisão resultou da “iniciativa do accionista único”, ou seja a câmara lisboeta, de acordo com a revista Sábado.
A câmara municipal de Lisboa demitiu António Júlio de Almeida, presidente da EMEL, noticia esta terça-feira, 24 de Fevereiro, a revista Sábado. De acordo com esta publicação, a decisão do autarca lisboeta António Costa estará relacionada com um processo de despedimentos que estava a ser implementado mas que até ao momento ainda não avançou.
No cargo desde 2009, António Júlio de Almeida esclareceu que a sua demissão resulta da "iniciativa do accionista único", neste caso a autarquia lisboeta. Costa e o vereador Manuel Salgado, actualmente detentores da tutela da EMEL, foram responsáveis directos pela recondução de António Júlio de Almeida, que contou com os votos contra dos vereadores do PCP e do movimento Cidadãos por Lisboa.
Relativamente ao processo de despedimentos aludido, a Sábado escreve que "as cartas enviadas aos trabalhadores com propostas de despedimentos invocavam cortes nas despesas", sendo que no ano de 2014 a empresa admitiu cerca de uma dezena de novos funcionários municipal.
Fernando Medina, número dois de Costa na autarquia lisboeta, ter-se-á mostrado contra o processo de despedimentos. Tudo se terá precipitado depois de o presidente da EMEL ter contrariado as indicações dadas por Medina, avançando com a concretização dos despedimentos.
Fontes contactadas por aquela publicação acusam o agora ex-presidente da EMEL de deter uma "personalidade discricionária" e "autoritária", que levou a desentendimentos com outros administradores da empresa como Vanda Nunes ou Carlos Marques da Costa.
Num comunicado enviado aos funcionários da empresa, António Júlio de Almeida regozijou-se com um "resultado líquido do exercício de 2014, usando critérios comparáveis com os dos anos anteriores, [que] atingiu 3,4 milhões de euros, o valor mais elevado da história da empresa".