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Ministro do Mar: "Vivemos tempos difíceis e inimagináveis”

O ministro do Mar participou na apresentação da Conferência dos Oceanos, que terá lugar em Lisboa no mês de junho e que contará com delegações de 193 países.

Bruno Colaço
08 de Março de 2022 às 20:09
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O ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, considera que o mundo vive "tempos difíceis e inimagináveis", com a emergência climática, a recuperação de uma pandemia e agora com uma guerra na Europa. Mas deixa uma mensagem positiva.

"Estas três crises também nos mostram que as nações sabem unir-se para enfrentar os desafios. E aqui onde estamos é comunicada a importância da cooperação internacional para uma boa governação do oceano no contexto do desenvolvimento sustentável", afirmou o governante na apresentação da Conferência dos Oceanos, p
romovida pelas Nações Unidas e que terá lugar em Lisboa, de 27 de junho a 1 de julho.

A apresentação decorreu esta terça-feira na sede do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em Algés, concelho de Oeiras, e contou com a participação de vários intervenientes nacionais e internacionais, onde foi salientada a importância do evento como parte de um conjunto de debates globais que estão a marcar agenda climática.

Peter Thomson, enviado especial do secretário-geral das Nações Unidas para os oceanos, salientou, numa mensagem, que "este ano podemos parar o declínio da saúde dos oceanos". "A boa notícia é que já se alcançaram consensos nalgumas destas reuniões. Acabei de voltar da assembleia do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, em Nairobi, no Quénia, onde os estados-membros acordaram a criação de um Comité Intergovernamental de Negociação para parar a poluição por plástico. Isto são grandes notícias para a saúde dos oceanos, já que 80% da poluição dos oceanos é feita de plástico", detalhou.

O estado em que estão os oceanos foi evidenciado pelos vários intervenientes, sendo consensual a urgência de encontrar soluções para um oceano gerido de forma sustentável, com recurso à ciência e a novas tecnologias mais ecológicas e usos inovadores dos recursos marinhos.

Porém, Virginijus Sinkevicius, comissário europeu do Ambiente, Oceanos e Pescas, salientou que "a ciência sozinha não conseguirá resolver os enormes desafios que os oceanos estão a enfrentar. É precisa uma grande vontade política e determinação para pôr em prática uma ação transformadora". 

Já o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa destacou que "com cerca de 2500 km de linha de costa e a terceira maior zona económica exclusiva da Europa, que se estende por cerca de 1,7 milhões de km2, Portugal inclui uma grande diversidade de ecossistemas e recursos no triângulo marítimo formado pelo Continente, Madeira e Açores, constituindo 48% da totalidade das águas marinhas sob jurisdição dos estados-membros da União Europeia". "Com esta responsabilidade acrescida, Portugal não poderia deixar de assumir um papel cimeiro nas questões ligadas à governação do oceano."

São 
esperadas em Lisboa, em junho, delegações de 193 países e a participação de cerca de 1000 entidades não governamentais de variadas áreas da economia e sociedade nesta conferência, que decorrerá maioritariamente em Lisboa, mas que também terá fóruns em Matosinhos e Cascais e diversos eventos associados.



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