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Da biomassa florestal aos veículos ecológicos

A certificação energética de instalações, a opção por sistemas de iluminação mais eficientes e o recurso a frotas de veículos a gás natural ou híbridos, são algumas soluções.

26 de Abril de 2010 às 12:33
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A certificação energética de instalações, a opção por sistemas de iluminação mais eficientes e o recurso a frotas de veículos a gás natural ou híbridos, são algumas soluções.

Altri

Aproveitar a energia verde da biomassa Sendo a floresta uma enorme fonte de energia renovável, o aproveitamento deste activo é uma prioridade, usando o processo de produção da pasta de papel para apostar na cogeração e na biomassa. Desta forma reutilizam-se materiais como resinas, casca, ramos e detritos florestais que não são utilizados para a produção da pasta de papel, tornando todo o circuito do produto mais eficiente.

O processo de produção energética através da cogeração consiste na produção de vapor através da queima das resinas que movimenta uma turbina para gerar electricidade, enquanto as centrais de biomassa criadas em parceria com a EDP recorrem à biomassa florestal que é queimada. Estas centrais já produzem mais de 50% de toda a energia eléctrica gerada em Portugal através deste sistema, que está classificado como energia renovável de grande potencial.

Além de utilizar internamente a energia eléctrica e o calor produzido através da cogeração, a Altri injecta na rede eléctrica nacional toda a energia produzida através da biomassa, mantendo já quatro centrais em parceria com a EDP, que funcionam em conjunto com as unidades de produção da Celbi, Celtejo, Caima e Mortágua. Está ainda em estudo a instalação de mais três centrais de biomassa, que podem aumentar significativamente a produção de energia verde. ANA

Maior eficiência da frota de veículos e dos edifícios Aos aeroportos estão associados elevados consumos directos de energia. A ANA tem em curso desde 2008 um Plano de Eficiência Energética (PREn), o qual se destina a melhorar o desempenho energético e a qualidade do ar interior das suas instalações.

Foram realizadas auditorias energéticas realizadas pela ADENE - Agência para a Energia - e aprovados pela Direcção-Geral de Energia e Geologia, para os quatro principais aeroportos (Lisboa, Porto, Faro e Ponta Delgada), responsáveis por cerca de 94% do consumo de energia da empresa. Num horizonte temporal de cinco anos, o objectivo é reduzir em 5% os consumos energéticos em cada uma destas quatro aerogares. A ANA comprometeu-se ainda a garantir o cumprimento dos regulamentos para reabilitação e certificação energética dos seus edifícios e a melhorar a eficiência energética e a utilização de energias renováveis nos aeroportos.

Em estudo está a implementação de energias alternativas nos quatro principais aeroportos e a melhoria de controlo dos sistemas de climatização e de iluminação, neste caso com recurso à utilização de lâmpadas mais eficientes. Em paralelo, a empresa compromete-se a renovar a sua frota com a aquisição de veículos mais eficientes - eléctricos e outras soluções (como o hidrogénio) - , incluindo autocarros de passageiros mais eficientes (motores EEV) e de mini-autocarros eléctricos.

Portucel

Energias limpas para abastecer as fábricas Em 2009, a Portucel produziu 45% da energia eléctrica proveniente de fontes renováveis. Só na área da energia, investiu cerca de 200 milhões de euros, estimando que, a partir de 2011, as suas fábricas sejam responsáveis por cerca de 5% de toda a energia eléctrica produzida no país.

A central de ciclo combinado a gás natural da nova fábrica de Setúbal permitirá produzir cerca de 600 GWh (Gigawatt-hora), por ano.

No final de 2009, entraram em funcionamento as duas centrais de produção de energia eléctrica a partir de biomassa, nas fábricas de Cacia e de Setúbal.

Em 2009, a empresa também implementou uma turbina de co-geração a biomassa, no pólo industrial da Figueira da Foz, que deverá entrar em funcionamento na segunda metade de 2010. Além disso, reformulou as caldeiras de biomassa das cogerações das unidades fabris de Cacia, Figueira da Foz e Setúbal.

No âmbito da eficiência energética, o grupo integrou várias medidas, das quais se destacam a utilização de lâmpadas de elevada eficiência e a melhoria de sistemas de iluminação e a substituição de motores eléctricos standard por outros de maior eficiência energética. Carris

Frota de veículos híbridos é o próximo passo No âmbito do Plano de Acção delineado pela Comissão Técnica para a Gestão de Energia da Carris, foram concretizadas diversas acções nas instalações da empresa, incluindo a melhoria dos sistemas de iluminação do parque de estacionamento e da Nave 1 do complexo de Miraflores e das paragens de autocarro; com lâmpadas e luminárias de maior eficiência energética. A companhia está também e preparar um Sistema Integrado de Gestão de Consumos de Energia em Miraflores, tendo em vista a a classificação energética de cada edifício do complexo. Este processo de certificação será depois alargado a todas as outras infra-estruturas da empresa.

Os esforços de maior eficiência energética estendem-se também à frota de autocarros e eléctricos, através da redução dos percursos e viagens em vazio (sem passageiros) e da implementação de um Sistema de Recolha e Gestão de Dados de Operação dos Veículos. Estas diversas acções vêm permitindo obter reduções de consumos de combustível e de energia eléctrica. A Carris tem também vindo a diversificar as fontes de energia da sua frota, com a utilização de autocarros movidos a gás natural comprimido e a biodiesel. A partir deste ano, passa também a estar na agenda a aquisição de autocarros híbridos de nova geração com propulsão mista electricidade/diesel.

BES
Foco na redução dos consumos
O Banco Espírito Santo (BES) faz desde 2005 um inventário de emissões de dióxido de carbono (CO2), de acordo com o GHG Protocol. Entre os compromissos que assumiu conta-se a limitação do consumo interno de energia. Aqui estão integradas as acções para minimizar os consumos de electricidade, com recurso a equipamentos e iluminação mais eficientes.

Em 2009 o BES conseguiu reduzir em 15% o consumo de energia com a montagem de aparelhos de iluminação equipados com lâmpadas fluorescentes de baixo consumo, em três edifícios centrais e 32 dos seus balcões. A instalação de equipamentos de ar condicionado com sistemas de recuperação de calor teve um impacto equivalente, mas os ganhos mais evidentes resultaram da montagem de painéis solares no Edifício Tagus Park II, conseguindo aqui reduzir em 60% o consumo de energia.

Neste enquadramento está também a política adoptada para as viagens dos colaboradores, onde se assumem diferentes níveis de prioridade e são recomendadas formas de deslocação recorrendo a transportes públicos.

A eficiência na gestão de recursos estende-se também à utilização da água e de outros materiais, como o papel e consumíveis informáticos. Em 2002, o BES implementou um sistema de gestão electrónica de formulários, tendo em vista a desmaterialização dos documentos em papel.
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